A valorização da cultura alimentar no âmbito escolar é possível, dentre outras práticas, pelo desenvolvimento de hortas comunitárias e trocas de aprendizado sobre aspectos da alimentação saudável e sobre o papel desempenhado pelo segmento da agricultura familiar na produção de culturas agrícolas alimentícias
Nesse sentido, a escola municipal Dante Egréggio realizou a atividade “Caminhando para Horta”, em que os alunos, juntamente com professores e a comunidade escolar, desenvolveram uma horta orgânica, nas proximidades da escola. Através desta atividade, foi possível aos alunos conhecerem um dos locais onde é produzido os alimentos consumidos por eles, além de conhecerem técnica agrícolas de semeadura, adubação, plantio e colheita de hortaliças, como a alface.
Dando prosseguimento à atividade, posteriormente, colheram os produtos e auxiliaram no preparo de refeições, aprendendo, na prática, os benefícios do consumo de hortaliças, que são alimentos fonte de vitaminas, fibras e sais mineiras. A atividade integrou aspectos teóricos e práticos de Educação Alimentar e Ambiental.
Segundo o aluno e bolsista Thiago Moretti, do Departamento de Educação da UNESP de Rio Claro, esta atividade implantada na escola municipal Dante Egréggio faz parte do Projeto “Alfabetização Alimentar, a Pedagogia dos Alimentos”, orientado pela Professora Doutora Marcia Pechula e que visa conscientizar professores e alunos sobre o ato de se alimentar.
Na realidade, o objetivo é trabalhar e oferecer o mundo real da alimentação (alimentos naturais), trabalhando todas as nuances (sustentabilidade, higiene, identificação, variedades) e interdisciplinaridades (palavras, cultura, plantas…) a fim de formar um aluno que, na liberdade, faça escolhas saudáveis de forma habitual. O projeto trabalha no tripé – Aluno- Escola-Família.
Ainda sendo o responsável, Thiago Moretti, destaca-se que “os resultados desta atividade foram positivos, visto que professores e pais notaram mudanças de hábitos na rotina dos alunos, havendo maior motivação em temas como matemática, português e ciências, utilizando a interdisciplinaridade que os alimentos oferecem.”
Desse modo, atividades práticas como essa permitem o desenvolvimento de habilidades como, por exemplo, a sensorial, através dos cinco sentidos (o tato da alface, o cheiro do manjericão, o barulho que a alface faz, por ser crocante, a visão para o alimento e o paladar de todos os alimentos da salada).
Foi trabalhado também contexto textuais, devido à utilização de receitas de culinária. No entanto, uma das questões mais importantes é evidenciar e explicar aos alunos o caminho realizado para os alimentos chegarem até os pratos nas residências e o desperdício que ocorre durante as várias etapas de transporte.
Portanto, a atividade “Caminhando para Horta” apresentou aos alunos técnicas e iniciativas de como realizar hortas e apresentou iniciativas de como desenvolvê-las, demostrando que é possível plantar alguns dos alimentos consumidos, garantindo bem-estar e segurança nutricional.
Por Eder Varussa