Aos 61 anos de idade, o arte-finalista José Carlos Sturato comentou sobre os processos de produção de um jornal, avaliou as mudanças que o Centenário está passando, além de ter compartilhado sua visão sobre a política brasileira.
Sempre bem-humorado, o profissional atualmente presta consultoria ao Diário do Rio Claro e ajudou a implantar uma série de mudanças no atual processo de produção do periódico. Ele destacou ainda que as mudanças tecnológicas são necessárias e o Novo Diário reafirma a máxima de que “o gigante acordou”. Veja trechos da entrevista.
Diário do Rio Claro: Qual período trabalhou no Diário?
José Carlos Sturato: Trabalhei de agosto de 2011 até dezembro de 2015.
Diário do Rio Claro: Qual era sua função?
José Carlos Sturato: Trabalhei como arte-finalista e hoje presto consultoria ao Diário do Rio Claro com Djalma Francisco, que é o responsável pelo serviço.
Diário do Rio Claro: Houve mudanças no processo de produção do jornal?
José Carlos Sturato: Mudou o volume da tiragem. O procedimento continua o mesmo, melhoramos alguns processos, mas ainda permanece o mesmo. Em breve todos os processos serão modernizados.
Diário do Rio Claro: Como era o processo de trabalho?
José Carlos Sturato: Neste setor eu trabalhava sozinho e o procedimento, como disse, é quase o mesmo. É feito a montagem na mesa de corte, em seguida é enviada para a reveladora de chapas, que segue para a processadora. Em seguida, a chapa vai para a máquina de impressão.
Diário do Rio Claro: Como avalia as mudanças pelas quais o Diário do Rio Claro está passando?
José Carlos Sturato: Avalio como positivas. Creio que o gigante está acordando. O Diário sempre foi grande e a nova equipe está empenhada em retomar o sucesso do maior jornal de Rio Claro. Já é possível sentir os comentários nas ruas, além de perceber a adesão do mercado.
Diário do Rio Claro: O que espera para o futuro do Centenário?
José Carlos Sturato: Espero um futuro próspero e tenho certeza que vai atingir o objetivo. Ele já apresenta mais qualidade e pluralidade e a diretoria está fazendo grandes investimentos.
Diário do Rio Claro: Como encara as mudanças tecnológicas que o Diário está implantando?
José Carlos Sturato: Eu encaro as mudanças tecnológicas como necessárias. E a equipe está se atualizando para fazer parte do processo.
Diário do Rio Claro: E sua avaliação sobre a política brasileira?
José Carlos Sturato: A política ainda falha muito. É muita promessa para pouca ação. Sou mesário nas eleições também e percebo que o eleitor ainda não está preparado para cumprir seu dever cívico e acaba deixando ser levado por discursos dos políticos. Mas ainda acredito que há esperança. Nosso país é rico e tenho fé que terá um futuro próspero, muito valioso para todos os brasileiros.
Apuração dos fatos é fundamental para a imprensa, diz Rozala Antonio
Colaboradora durante dois períodos no Diário do Rio Claro, a jornalista Rozala Antonio relembrou momentos de sua passagem pelo Número 1, comentou sobre a mudança de área de atuação profissional, além de ter opinado sobre o futuro do jornalismo.
Diário do Rio Claro: Qual sua atual função hoje? E por que escolheu esse caminho?
Rozala Antonio: Atualmente, estou tendo a oportunidade de trabalhar no setor da beleza, pois sempre tive vontade de fazer brotar a felicidade no rosto de quem procura valorizar a autoestima, felicidade essa que via em minha mãe toda vez que a acompanhava nos “institutos de beleza” da época, aqui na cidade.
Diário do Rio Claro: Qual período trabalhou no Diário?
Rozala Antonio: Trabalhei no Diário em dois períodos: de 1989 a 1994 e de 2006 a 2014.
Diário do Rio Claro: Qual era sua função?
Rozala Antonio: Revisão e editoria de cultura
Diário do Claro: Rio Quem era a equipe de redação no período que trabalhou?
Rozala Antonio: Na primeira vez, quando cheguei encontrei na chefia da redação Silvia Venturolli, que comandava a equipe formada por José Roberto Santana, Vagner Weber, Neuzeli Moraes, Elaine Knothe, José Luiz Libertucci, Irineu de Castro, Mariangela Fabris e, na sequência, vários outros jornalistas de peso. No segundo período, Claudette Atibaia, por quem fui muito bem recebida, chefiava equipe da qual faziam parte Adriel Arvolea, Eduardo S. Bergamaschi. Depois chegaram Antonio Archangelo, Carine Correa, Flavio Hussni, Caroline Solano e o multitarefas das empresa, Luiz Carlos Martins.
Diário do Rio Claro: Foi seu primeiro trabalho na imprensa rio-clarense?
Rozala Antonio: Sim. No Diário tive a oportunidade de desenvolver capacidades até então desconhecidas, adquiridas sob a orientação de verdadeiros profissionais.
Diário do Rio Claro: Como era fazer jornalismo nesse período? Existe diferença na forma como se faz hoje?
Rozala Antonio: Atraente, desafiador, apaixonante, como ainda acredito que seja. Afinal, as páginas do Diário refletem a história, mudam vidas e constroem o futuro. Acredito que não tenha mudado tanto, mesmo porque o fundamental, na minha opinião, é o compromisso com a real apuração dos fatos, seja em que tempo for.
Diário do Rio Claro: Como você avalia esse momento político que atravessamos hoje?
Rozala Antonio: Democracia foi transformada em uma palavra usada como degrau para alcançar a corrupção. A elite nem sabe o que significa. Eles produzem a miséria e impedem a maioria de chegar a um nível social aceitável.
Diário do Rio Claro: Qual o futuro do jornalismo?
Rozala Antonio: Muito se fala sobre o futuro do jornalismo, tão incerto por conta da difusão de notícias pela internet e redes sociais, na maior parte gratuitamente, e pela falta de um modelo econômico sustentável, mas, para muitos, este é o melhor momento na profissão que apresenta oportunidades e condições de trabalho em vários lugares.
Diário do Rio Claro: Como avalia as transformações que o Diário está passando?
Rozala Antonio: Positivas e necessárias.