As dinamites já estão sendo colocadas nos pilares da vitória
► AVISO: A coluna tem conseguido, aqui no Diário, uma ótima repercussão semanal, por isso, achei por bem deixar algumas coisas bem transparentes: não escrevo em nome de ninguém, nem de partido, nem de grupo político, nem de cacique falido ou mecena brincalhão. Então, não se deixe levar por chantagens de plantão. Não valem nada!
► AVISO II: Alguns críticos estão cobertos de razão, nada escrevi, quando ocupava um cargo no governo Juninho, estava focado na função, porém, hoje reconheço, que não deveria ter ficado inerte às dezenas de equívocos e assistindo aos achacadores que entraram no serviço público, na ocasião, para atender interesse próprio. Que cada rato pague por praguejar contra os descamisados rio-clarenses!
► AVISO III: O governo (o qual fiz parte) que ruiu cometeu um erro principal: deixou de ter opositores que poderiam apontar equívocos e que essa lição fique para o atual governo. E é nesse sentido que escrevo tais pérolas…
► BERRADOR: Aos bobos da corte, acreditem, o povo não leva vocês a sério. Ganhas palanque em forma de protesto. Semelhante àquela história do ele é “café com leite”. Se este papel lhe satisfaz, que assim seja. Mas, nunca jogaria o nome de meu pai na lama para proteger pelegos, gritões, horas extras abusivas e o mau-caratismo.
► DESGASTE: Agora, vamos aos fatos: é nítido que trabalhar em um governo municipal é, muita das vezes, destino de falidos, inocentes ou dilapidadores. Ou se entra para acumular riqueza rapidamente; ou para ganhar experiência; ou para a “ficha cair” e perceber o tamanho do buraco que a cidade se encontra. Não há outra opção! Qualquer formado (adequadamente) sabe que um cargo diretivo no setor privado é muito melhor remunerado e sem a exposição que se tem dentro da máquina. Aos idealistas, participar do processo é como se auto escalpelar a cada novo expediente ou praticar a incrível habilidade de como engolir um sapo por dia…
► DESGASTE II: Reconheço que o campo político tem regras próprias, todavia, com a esculhambação que a revolução tecnológica provocou nos diversos segmentos, não se fica impune a um discurso não praticado. Não se pode pregar o novo ou um governo a direita, a família e aos conservadores, resgatando ex-comunistas, ex-socialistas, ex-petistas e achar que “isso faz parte do processo”. Que fique claro que abomino os conservadores de plantão, porém, eles cobrarão um alto preço para manter controle do discurso vencedor no último pleito…
► DESGASTE III: Não mais importante, enfrentar um desgaste por não praticar atos que criminalizam a política, no discurso vencedor, será fatal. Na cartilha vigente não se pode, como erro estratégico amador, nomear ficha suja, condenado, denunciado, gestor temerário… E mesmo que o sujeito não seja condenado em última instância, que está recorrendo, o material antigoverno já está posto com fatos que consumirão o governo de dentro para fora. Isso mesmo, de dentro, porque já tem aquele que trabalha para implodir a estratégia adotada e esse descontentamento começa a respingar nas redes sociais. A melhor estratégia, para o estrago já proporcionado, que respingará em aliados, vereadores e apoiadores é o famoso “eu não sabia” e corrigir a rota. Fazer ouvidos moucos, mesmo que não se tenha nome para substituir, é um tiro no próprio pé….
► DESGASTE IV: O primeiro boi de piranha para a sucessão de estratégias equivocadas será o cozimento do líder do governo no legislativo. Que além de ter que defender a estratégia adotada terá que compor com uma mesa presidida pela objetificação alvo do discurso da antipolítica. Tem alguma substância que quando você toca o dedo, o cheiro impregna. E não sai, nem com discurso de vítima, com alvejante ou aguarrás. Por isso, tenha a humildade de reconhecer o erro de estratégia ao invés de levar para o pessoal, para ameaças, etc. Quem adotou o discurso da bolsonarização foi o atual vencedor e a ele os “louros” e o peso sobre os ombros por defender a antipolítica…
► PESSIMISTA? Não, considero-me um apontador de demagogia. Que, sim, aconteceram também no governo que fiz parte. Mas lá, pensei que poderia abrir os olhos do Chefe do Executivo, coisa que não consegui. Fracassei humilhantemente! Anulei-me e vi a cidade pagar o preço que desejo que o atual governo nunca experimente!
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