Os pontos de neblina tendem a aumentar em várias regiões do Estado de São Paulo nesta época do ano, entre maio e agosto. Para reduzir o risco nas rodovias, a Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) e as concessionárias que administram os 8,4 mil quilômetros da malha sob concessão adotam uma série de medidas operacionais que visam aumentar os níveis de segurança para os usuários do sistema.
A menor visibilidade causada pela neblina aumenta a probabilidade de colisões traseiras, choques com obstáculos fora da pista (como muretas de proteção, postes de sinalização etc). Podem ocorrer, inclusive, engarrafamentos já que o motorista só percebe o acidente à frente quando está muito próximo.
O trabalho operacional preventivo para tornar as viagens mais seguras é realizado pela Artesp em conjunto com a Polícia Militar Rodoviária e as concessionárias. Entre as principais ações das concessionárias estão a revitalização das sinalizações vertical (placas e painéis informativos) e horizontal (pintura de solo), veiculação de mensagens alertando os motoristas nos painéis eletrônicos distribuídos pelas rodovias, sinalização com uso de viaturas, campanhas educativas, informativos através de sites, redes sociais e serviço 0800 e até suspensão de obras quando houver situações críticas.
Na malha concedida no Estado de São Paulo, a sinalização reforça a necessidade de reduzir a velocidade e cumprir a legislação que determina que o farol baixo seja aceso, além de haver dispositivos refletivos para orientação do motorista. Mas, o condutor do veículo também tem sua parte de responsabilidade para reduzir os riscos, como estar atento à sinalização, reduzir a velocidade ao perceber que a visibilidade está prejudicada e, jamais, usar o celular ao volante.
Anchieta-Imigrantes
No Sistema Anchieta-Imigrantes, onde a ocorrência desse fenômeno atmosférico é mais frequente, principalmente na região da serra, a concessionária Ecovias e a Polícia Militar Rodoviária realizam a Operação Comboio, ação na qual os carros que seguem no sentido litoral são represados nas praças de pedágio (km 31 da Anchieta e km 32 da Imigrantes) sempre que a visibilidade dos motoristas fica abaixo de 100 metros. Nessas situações de emergência, os veículos só podem trafegar escoltados por viaturas da Polícia Rodoviária e da concessionária a uma velocidade máxima de 40 km/h como medida de segurança.
Papel do motorista
Parte importante na prevenção de acidentes é de responsabilidade do condutor, que deve tomar os devidos cuidados ao viajar sob neblina:
Reduza gradualmente a velocidade ao perceber os primeiros sinais de neblina;
Mantenha uma distância segura do veículo à frente;
Acenda os faróis baixos – tanto de dia quanto à noite. Já o farol alto, independente do horário, dificulta a visibilidade pela grande dispersão de luz emitida sob neblina;
Não pare o veículo no acostamento;
Nunca pare na pista;
Não ligue o pisca-alerta com o veículo em movimento;
Use a pintura de faixa da pista como referência do caminho a seguir;
Fique atento a sinais sonoros externos que possam indicar uma situação atípica à frente como buzinas, sirenes e som de colisão;
Deixe a janela aberta, ainda que parcialmente, para ouvir eventuais sinais sonoros;
Evite uso de aparelhos que possam dispersar a atenção, especialmente o telefone celular;
Deixe o para-brisa limpo;
Mantenha o vidro aberto ou ligue a ventilação dentro do carro para não embaçar os vidros;
Caso julgue não ter condições de visibilidade para seguir viagem, pare somente em locais seguros como postos de abastecimento.