A necessidade de viver em ambientes que proporcionem bem-estar vem crescendo cada vez mais. Por conta disso, uma das principais apostas para quem deseja se sentir menos estressado e ansioso, tem sido os espaços com natureza. Estudos científicos comprovam que ambientes repletos de verde influenciam o bem-estar da mente humana, então o design biofílico começou a tomar mais espaço na arquitetura, justamente com o objetivo de suprir a necessidade que o ser humano tem de estar em contato e se relacionar com a natureza.
Foi pensando nisso, juntamente com um psico briefing dos clientes, que a arquiteta e influenciadora digital Giovanna Gogosz montou o projeto de um apartamento de 193m². “O apartamento foi todo pensado para um casal que tem um filho de dez anos. Eles me encontraram por indicação de uma conhecida e, dando uma olhada nas minhas redes sociais, se interessaram pelo meu trabalho. O ponto de partida do projeto foi fazer um psico briefing dos clientes para conhecê-los melhor e reproduzir os seus gostos e desejos em cada ambiente da casa”, explica.
A construção do projeto aconteceu de forma natural, já que os gostos dos clientes batem com o estilo de trabalho da arquiteta, que é mais voltado para aspectos da natureza. “O maior desafio foi a cozinha. O apartamento não veio cru, veio de outro morador então fizemos uma transformação. A mudança na cozinha foi grande, pois eles queriam uma ilha, espaço para sentar e poder fazer refeições rápidas, além de todos os eletrodomésticos. Também desejam um canto do café, em um espaço que ficasse tudo bem confortável junto. Para conseguirmos encaixar tudo, foi bem desafiador. Mas foi aprovado de primeira”, conta a arquiteta.
O projeto demorou cerca de dois meses para ser finalizado e trouxe um estilo mais contemporâneo. “A decoração tem um toque mais exótico e também tem um foco em trazer as experiências do casal. Em questão de cores, optamos por uma paleta que seguia em uma base neutra. O azul e o verde estão bem presentes em vários pontos, pois são cores predominantes na natureza. Também viemos com pinceladas de tons alegres que a família se identifica muito, como o coral que vemos nas almofadas da sala e o violeta que vemos no enxoval do casal. São cores que eles tinham muita identificação”, completa.
A psicologia nos ambientes
A arquiteta iniciou o projeto buscando métodos da psicologia aplicada em seu atendimento, fazendo toda a interpretação dos clientes para definir como seria cada ambiente. “A sala, por exemplo, foi pensada para ser totalmente integrada na varanda, deixando um espaço perfeito para receber visitas. Também tem um canto especial na varanda que continua integrado, mas fica um pouco mais reservado, onde tem uma chaise para deitar e curtir bastante. Chamamos de “canto zen”, justamente porque trouxe algo de muito especial para o projeto. Está cheio de plantas, um jardim vertical e um deck, algo bem convidativo para relaxar e ter um momento reservado e em paz”, explica.
Já nos quartos, tudo foi pensado de forma que atendesse às necessidades do casal e da criança. “Para o quarto da criança, pensamos em algo bem descontraído e jovem. Trabalhamos com uma base mais neutra, alguns toques de verde e decoramos com objetos como brinquedos para trazer esse toque infantil. Outra coisa legal é que o quarto tem uma porta invisível para o banheiro, ela está bem no meio da parede então camuflamos com um painel todo de marcenaria. O banheiro veio com um cimento queimado e o azul bem predominante no revestimento”, compartilha Giovanna Gogosz.
Todo o projeto foi baseado em um estilo contemporâneo com um toque mais exótico, focado em trazer as experiências do casal para os ambientes. “Colocamos esculturas de animais que eles trouxeram de viagens para trazer memórias afetivas ao ambiente. Está tudo muito conectado à natureza sempre. Na psicologia, captamos muito no briefing que eles eram um casal que tinha a identidade de um conceito da natureza. Eles têm a identificação com praia, lugares paradisíacos, budas, então está tudo muito ligado à natureza. Buscamos trazer isso de um jeito brasileiro para o apartamento, para que o casal encontrasse a identificação que eles têm dentro deles em cada ambiente”, conclui a arquiteta.
Foto: Divulgação