Talvez você possa recordar da satisfação e da felicidade quando ajudou um amigo, um parente mais próximo, um filho, ou até um desconhecido. Eu, por exemplo, uma das coisas que me dá satisfação é quando ajudo uma pessoa a chegar a um bairro que não conhece e eu explico corretamente como chegar.
Eu não sei o que sentiu quando conseguiu ajudar alguém em alguma situação. Eu não sei o que sentiu quando percebeu um resultado positivo de sua ação. E eu também não sei se chegou a comentar com outras pessoas como fez uma boa ação. O que seu sei é que algo no seu coração vibrou de alegria um dia desses.
O ponto é que, na maioria das vezes, você não se permite ser ajudado por outra pessoa ou ainda curtir algo que você gosta muito porque está pensando somente nos outros e se deixa em segundo plano.
Você deve conhecer pessoas que deixam de fazer coisas que adoram simplesmente porque não se acham merecedoras, ou seja, se anulam para que o outro fique bem. Isso não significa que você deva ser “mesquinho” e não fazer coisas para os outros.
Já comentei com você a estória de uma senhora na feira livre? Talvez isso possa ilustrar ainda melhor o que estou querendo expor aqui. Uma senhora caminha pela feira livre e logo para em uma banca, onde aprecia as verduras fresquinhas. Começa a pedir ao feirante: – Um quilo de chuchu que meu filho gosta muito. Uma abobrinha para o meu marido que vou fazer refogada. Eles adoram esses pratos.
Depois de pagar a conta, o feirante a aborda e diz: E para a senhora, não vai levar nada? Ela responde: – Ah! Hoje não. De repente, sente que deveria, desta vez, levar algum legume também para ela. Volta-se para o feirante e diz: Ah! Um quilo de jiló, adoro jiló.
Chegando à casa, prepara todos os alimentos da feira e coloca tudo na mesa. O filho abre a tampa da panela e fica feliz com o prato preferido. O marido festeja sua abobrinha refogada. Destampa uma outra panela e, para a surpresa desta senhora, lhe diz: – Meu amor, jiló? Que maravilha que você fez alguma coisa para você.
E agora, permita refletir um pouco sobre o que tem deixado de fazer por você hoje? Ontem, semana passado, mês passado, ano passado? O que tem feito demais pelos outros e se esquecendo de você? O que ainda consegue fazer hoje que te dará uma grande alegria e satisfação interior?
Talvez seja cuidar de sua planta. Talvez seja acariciar seu cão de estimação. Talvez seja sentar com seu filho e ouvir atentamente suas ideias e ele compreender o seu ponto de vista. Talvez seja tomar um sorvete. Um cafezinho à tarde. Ler aquele livro em cima da escrivaninha e outras coisas mais. E te dou a liberdade para pensar naquilo que possa apreciar e realizar algo de bom para você ainda hoje. Pense nisso!