Toda a fachada histórica do museu, original do século 19, foi preservada. Já do lado interno, um toque de modernidade para voltar a receber os visitantes. Segundo a administração, o espaço ganhou nova concepção de uso, com salas de exposições físicas e itinerantes, teatro de arena e estrutura para apresentações artísticas.
Ao Diário do Rio Claro, a Secretária de Cultura, Daniela Ferraz, destacou os desafios para a entrega do prédio que ficou por quase uma década no processo de restauração. “O desafio foi enorme porque nos deparamos com uma obra em processo de construção.
O projeto executivo foi pensado de uma forma, com a criação de um anexo, e o prédio antigo ficaria apenas para exposição, mas os recursos vieram apenas para o restauro e não para construção também de outro espaço, que seria usado para administrativo e reserva técnica, então tivemos que readequar.
Desafio foi conseguir cobrar da empresa a conclusão da obra com qualidade e, após o recebimento, fazer adequações necessárias para tornar o prédio, além de expositivo, funcional. Pois um museu tem características únicas e necessita de estruturas específicas para o seu funcionamento e não somente com salas expositivas”, observou.
A obra para restaurar o espaço, que foi tomado por um incêndio ocorrido na madrugada do dia 21 de junho de 2010 e que destruiu todo o imóvel, custou mais de cinco milhões de reais do Governo Federal, por meio do Ministério do Turismo. Já o município precisou investir nas adequações e para as exposições.
Antes do ocorrido, o prédio já passava por reformas. “É uma satisfação enorme, porque é o único museu público que retrata o município. Com ele, vamos conseguir ampliar inúmeras possibilidades, como valorizar a trajetória de Rio Claro e artistas locais, além de criar pertencimento da população com a própria história”, declarou Daniela.
O acervo do Museu é composto por 29 mil peças; apenas algumas ficaram em exposição e foram selecionadas. A parte documental ficará na reserva do novo prédio e, o restante, cerca de 20 mil peças, vai continuar na reserva onde já está há alguns anos.
MOSTRAS
Para a reinauguração, a Secretaria de Cultura preparou cinco exposições pensadas na memória do município. “As peças fazem referências de alguma forma à cidade de Rio Claro. Ficarão durante seis meses no espaço e outras serão pensadas”, afirmou a secretária. Cinco exposições foram organizadas para receber o público na reinauguração do Museu Histórico e Pedagógico Amador Bueno da Veiga.
Entre elas, a mostra “Memorial do Museu”, com a história do Solar da Baronesa. Outro espaço traz a “Memória Ferroviária”, que reconstrói, de forma documental, os principais episódios da ferrovia em Rio Claro e região. “História de Rio Claro” também foi pensada para a reabertura e mostra de forma cronológica momentos marcantes do município desde sua fundação. “Imagens por Percy de Oliveira” tem obras do artista retratando paisagens arquitetônicas icônicas do município. Na pinacoteca municipal, o público verá quadros que fazem referência a Rio Claro.
A Secretária esclareceu que uma sala deve manter sempre uma exposição de longo prazo, duas de média duração e duas para exposições em períodos menores.
SEGURANÇA
A secretária observou que o local conta com segurança feita por vigilantes patrimoniais, sistema contra incêndio e câmeras de monitoramento nas áreas interna e externa.
REABERTURA
A reabertura está marcada para às 19 horas desta quinta-feira. O Museu Histórico e Pedagógico Amador Bueno da Veiga fica na Avenida 2, entre ruas 6 e 7, Centro. O local estará aberto para visitação de terça a sexta-feira, das 9 às 17 horas, e aos sábados e domingos, das 9 às 13 horas.
INTERRUPÇÃO
Devido à reabertura, o trânsito estará interditado na Avenida 2 com ruas 6 e 7 e Rua 7, avenidas 2 e 4, a partir das 18 horas.