Guedes cita Eletrobras e Correios como “privatizações óbvias”
As prioridades para as privatizações federais em 2021 abrangem quatro companhias, a Eletrobras, os Correios, o Porto de Santos e a PPSA (empresa que administra os contratos do pré-sal), disse ontem (18) o ministro da Economia, Paulo Guedes, em entrevista para fazer um balanço de fim de ano da pasta. Ele classificou como óbvias a venda das quatro estatais em 2021. “São quatro privatizações óbvias, conversando com nossos eixos políticos meses atrás”, declarou. O ministro citou a necessidade de atrair investimentos privados e de acabar com a corrupção, como justificativas para vender as estatais. Em relação à Eletrobras, o ministro disse que a empresa precisa investir R$ 17 bilhões por ano e atualmente consegue investir apenas R$ 3,7 bilhões. Segundo ele, o governo federal tem pouca capacidade fiscal de cobrir as dificuldades financeiras da geradora de energia. Sobre os Correios, Guedes disse ser preciso salvar a empresa antes que ela deixe de ser funcional e garantir o pagamento das aposentadorias dos funcionários que contribuem para o fundo de pensão da empresa.
►Exportação. O volume de carnes bovinas exportadas pelo Brasil deve ser de 2,2 milhões de toneladas até o fim deste ano. A estimativa, 8,8% maior do que o total de 2019, foi divulgada ontem (18), em São Paulo, pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), que representa 32 empresas. Caso a previsão se confirme, o setor deve encerrar o ano com faturamento de US$ 8,53 bilhões, 11,8% acima do atingido no ano passado.
►Covid. O estado do Rio de Janeiro terá centros de reabilitação para pacientes que contraíram o novo coronavírus (covid-19). Foi publicada ontem (18), no Diário Oficial do estado, a Lei 9.141/20, sancionada pelo governador em exercício, Cláudio Castro. Fisioterapia respiratória e motora, fonoaudiologia, enfermagem, clínica médica, pneumologia, reumatologia, psicologia, psiquiatria e assistência social são os atendimentos especializados a serem prestados pelos centros de reabilitação.
►Economia. O início da vacinação em diversos países e os avanços na negociação de um novo pacote de estímulos para a economia norte-americana fizeram o dólar voltar para níveis inferiores a R$ 5,10. A bolsa subiu pela terceira sessão seguida e aproximou-se da máxima histórica, alcançada em janeiro. O dólar comercial fechou essa quinta-feira (17) vendido a R$ 5,079, com recuo de R$ 0,027 (-0,54%). A cotação operou todo o dia em baixa. Na mínima da sessão, por volta das 13h, a divisa atingiu R$ 5,04.
►Educação. A Câmara dos Deputados aprovou nessa sexta-feira (18) proposta que oferece acesso gratuito à internet para alunos e professores de escolas públicas do ensino básico. O texto destina R$ 3,5 bilhões para estados e municípios aplicarem em ações para a garantia do acesso à internet, em decorrência da pandemia de covid-19. A matéria segue para análise do Senado. Segundo a relatora, deputada Tabata Amaral, a iniciativa deve beneficiar 18 milhões de estudantes de baixa renda e 1,5 milhão de docentes durante a pandemia. O texto prevê destinação dos recursos em duas frentes, para garantir tanto internet gratuita quanto tablets.
►Pesquisa. A Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que proíbe o bloqueio de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e permite a aplicação destes em fundos de investimento. A matéria, oriunda do Senado, segue sanção presidencial. O texto do Projeto de Lei Complementar 135/20, aprovado na noite de quinta-feira (17), deixa claro que o FNDCT não é um fundo de investimentos, nem se vincula ao sistema financeiro e bancário. Neste ano, o fundo tem mais de R$ 6 bilhões autorizados pelo Orçamento, mas cerca de R$ 5 bilhões não podem ser aplicados em ciência, tecnologia e inovação (CT&I) porque estão bloqueados pelo governo para atingir a meta de déficit primário.
►Aeroportos. Administradora de 48 aeroportos brasileiros, incluindo Congonhas (SP) e Santos Dumont (RJ), a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) estima que o número de pessoas que usarão seus terminais durante as festas de fim de ano será 41% menor que há um ano. Pelos cálculos da estatal aeroportuária, os 32 aeroportos com voos comerciais regulares que estão sob sua responsabilidade receberão 1,91 milhão de passageiros, entre ontem (18) e o próximo dia 4. Durante as festas de fim de ano de 2019, 3,27 milhões de usuários passaram pelos aeroportos administrados pela Infraero, que respondem por cerca de 30% da movimentação de passageiros no país.