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Sergio Moro diz estar confiante com projeto anticrime do Senado
O ministro da Justiça, Sergio Moro, esteve no gabinete do senador Marcos do Val (Cidadania-ES) na tarde dessa segunda-feira (8) para discutir pontos do pacote anticrime que tramita no Senado desde o início de abril. O projeto é idêntico ao apresentado pelo governo federal – e entregue pelo próprio ministro – à Câmara dos Deputados.
A ideia é dar celeridade às discussões e votações do projeto pelo Senado enquanto os deputados priorizam a reforma da Previdência. “Fui convidado pelo senador Marcos do Val para discutir o projeto de lei anticrime. Ele é relator de um dos projetos. Viemos conversar, ouvimos sugestões, críticas e temos a confiança de que o projeto está em boas mãos”, disse o ministro, na saída da reunião.
O senador também saiu satisfeito e destacou a disposição de Moro para o diálogo. “[O encontro] foi muito produtivo, ele se colocou aberto às sugestões que colocamos”, disse Marcos do Val. “Ele está mais otimista que aqui vai tramitar mais rápido porque, na Câmara, o foco está sendo outro [a reforma da Previdência]. Então, a gente quer dar velocidade aqui para que os dois projetos possam ter um resultado rápido”.
Retrocesso 1
O funcionário público e militante do coletivo de juventude Juntos, Leonardo Manoel Alves, responsável por protocolar a denúncia contra o vereador Paulo Guedes (PSDB) na Câmara de Rio Claro, acredita que o Legislativo está na contramão do anseio popular. “A Câmara de vereadores vai na contramão do que pede a população, que é o combate à corrupção. Infelizmente, eles nem aceitaram a abertura do processo para investigar”, disse à reportagem do Centenário.
“De acordo com as declarações do Ministério Público e a própria condenação, [ele] tem o envolvimento, sim, e recebeu esse dinheiro ilicitamente, o que é passível da sua cassação. Mas, infelizmente, os vereadores decidiram o contrário”, analisou o militante, que acompanhou a sessão dessa segunda-feira (8).
Retrocesso 2
O vereador Luciano Bonsucesso (PR), que votou pela abertura da Comissão Processante (CP) para investigar Guedes, disse que o colega de legislativo teria um período para se defender. “Com aceitação da denúncia, o vereador Paulo Guedes teria 90 dias para se defender junto ao poder legislativo”, afirma.
Luciano diz ainda que o processo por quebra de decoro parlamentar nada tem a ver com o processo judicial. “Uma coisa é processo de decoro, outra são os processos de lei que estão na justiça. Se estivesse aberto CP, teria direito de se defender neste parlamento. Do jeito que o Brasil está, com tanta corrupção, não podemos deixar essa Câmara ser desmoralizada”, finaliza.