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Dois minutos para meia-noite: Relógio do Apocalipse permanece igual
O Relógio do Apocalipse, que adverte para um iminente cataclismo global, permanece a dois minutos da meia-noite. A informação foi divulgada na quinta-feira (24) por cientistas americanos que o ajustam a cada ano. Um dos motivos de manter o ponteiro no mesmo horário é o uso da informação como arma para enfraquecer as democracias em todo mundo.
Criado durante a Guerra Fria para advertir sobre os riscos do fim do mundo, que simbolicamente ocorrerá à meia-noite, o ponteiro do relógio do Boletim dos Cientistas Atômicos está tão próximo da meia-noite como em 1953, quando Estados Unidos e União Soviética testavam a bomba de hidrogênio. Sem ter se movido desde ano passado, os cientistas afirmaram à imprensa que não “deve ser visto como um sinal de estabilidade”. A informação é de Rachel Bronson, diretora da organização que reúne especialistas em segurança, armas nucleares e temas ambientais e que avalia o perigo iminente de guerras.
Com o risco de uma guerra nuclear, da aceleração do aquecimento global e da multiplicação das “fake news” (notícias falsas) como arma de desestabilização, “entramos em um período que chamamos de novo anormal”. A tensão entre Estados Unidos e Russia também são inaceitaveis, afirmam os especialistas que esclarecem não haver indício de qualquer alívio em relação ao meio ambiente com as emissões de gases do efeito estufa.
Quando a lei favorece a corrupção
A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) publicou nota oficial sobre o decreto presidencial que altera a Lei de Acesso à Informação (LAI). “Na prática, pode fazer com que a lei não seja aplicada ao governo federal. O decreto nº 9.690, foi assinado pelo vice-presidente da República, general Hamilton Mourão (PRTB), na qualidade de presidente interino, e permite que servidores comissionados e dirigentes de fundações, autarquias e empresas públicas imponham sigilo secreto e ultrassecreto a dados públicos”, se manifestou a entidade de classe.
A entidade destaca a LAI como uma importante conquista da sociedade, que foi aprovada em 2011 e aplicada a partir de maio 2012. De acordo com a Fenaj, a lei estabeleceu a transparência como regra para administração pública. “Ao alterar a Lei para autorizar que servidores públicos, ainda que de alto escalão, possam classificar dados do governo federal como informações ultrassecretas e/ou secretas, o governo Bolsonaro (PSL) joga por terra o princípio da transparência.
A ampliação indiscriminada dos agentes públicos com poder de cercear as informações vai favorecer a ocultação da improbidade administrativa e outras formas de corrupção”, diz. Por fim, a entidade destacou: “a Fenaj espera que a sociedade brasileira reaja à medida arbitrária e antidemocrática, exigindo do governo Bolsonaro a sua revogação”.