A cada 1º de janeiro, novas perspectivas vêm à tona.
Desejos e esperanças de que o ano que se inicia possa trazer certas coisas que aquele que acaba de findar não trouxe. Deixar para trás certas dores, desamores e lamúrias, objetivando vida nova. Dois mil e dezenove começa com grandiosas expectativas, já que uma nova era passará a ser escrita.
Costuma ser deste modo sempre que um novo Presidente assume seu posto, a despeito da sigla. Mas os anseios não se restringem ao âmbito político que, por si só, engloba muita coisa. Há os desejos pessoais, familiares, além daqueles mais íntimos e não explicitados. O Diário do Rio Claro ouviu alguns de seus leitores que, nesta edição especial de Ano Novo, falam sobre o que esperam de 2019.
Heitor Freitas, 29 anos, agente de viagens, diz que “um sentimento de renovação é expressivamente evidente desde as eleições que
marcaram o ano de 2018”. Para ele, esse sentimento tem por consequência uma grande expectativa para o ano de 2019 no âmbito nacional, não deixando de imaginar que tal renovação reflita em Rio Claro.
“Uma cidade cuja indústria sempre foi o carro-chefe. Porém, estagnada por alguns anos em virtude do fim do crescimento econômico do país e acarretando em um número de desempregados em ascendência. Rio Claro possui estrutura para ser uma das beneficiadas com a volta do crescimento econômico no Brasil, que se espera a partir de 2019”, avalia.
Freitas considera que 2019 será um ano de “arrumar a casa” para os próximos anos, e crê que Rio Claro faça parte de um dos “cômodos desta grande casa chamada Brasil” e, assim sendo, passará também por esse processo de organização que se faz necessário. “É importante para alcançar novamente o patamar que ostentava, como uma cidade industrializada, geradora de emprego e renda. Que os novos ares que tanto almejamos em 2018 atinja nossa Cidade Azul em 2019”, vislumbra.
Já Mariane Silva, 34 anos, assistente administrativo, a respeito da indagação feita pelo Diário sobre o que esperar de 2019 para Rio Claro
e para o Brasil, afiança ser difícil responder a esse questionamento sem ser “clichê”, mas, basicamente, diz desejar que sejam resgatados, principalmente, o respeito e a ética, tanto da população quanto dos governantes, “já que vivemos em uma época onde a corrupção cresce em todas as áreas, a violência se alastra, faltam recursos para educação e saúde e mesmo uma divergência de opinião causa até morte.”
Mariane enfatiza que Rio Claro ainda tem muito a melhorar, “mas seria importante que as autoridades políticas investissem na educação precária, na saúde, que não consegue atender a todos que precisam, gerando grandes filas para atendimento, e também olhassem para a infraestrutura do município, principalmente para o asfalto, já que a cidade apresenta enormes ‘crateras’.
“Não somente esperar do governo, mas também é preciso que a população valorize o que é oferecido e cuide da cidade, prezando pela sustentabilidade e limpeza dos locais utilizados, além de adquirir um comportamento mais consciente no trânsito a fim de evitar tantos acidentes.”
Com relação ao Brasil, Mariane pondera que com a troca de governo, expectativas de mudanças são geradas. “Espero não o melhor dos mundos, mas o mínimo para que a população viva com dignidade, com índices de desigualdade menores, mais incentivos às empresas para que possam se manter sustentáveis e gerando mais empregos, onde possamos sair na rua sem medo, possamos ser quem realmente somos sem temer preconceitos e que a educação seja valorizada, criando cidadãos melhores.”
O mesatenista paralímpico Carlos Carbinatti, de 34 anos, confia que haja um equilíbrio com relação ao Brasil. Conforme ele, “ajeitar a
casa”. “Contratar uma ‘diarista’ para realizar uma ‘faxina’ e tentar equilibrar. Espero que haja mudanças ou, ao menos, que tentem realizá-las”, acredita.
Acerca de Rio Claro, deseja, de início, menos buracos nas vias. “Daqui a pouco se fará necessário comprar um jipe para conseguir transitar pela cidade”, brinca.
Como atleta, afiança esperar o mínimo: apoio. “Tive seletiva para o Jogos Pan-Americanos 2019, no Peru, e classifiquei; obtive uma vaga, só que sem apoio nenhum de Rio Claro. Irei disputar por conta. A gente sempre espera como atleta que a cidade não foque somente noutros esportes, como é o caso do basquete, que está voltando, mas em outras modalidades que também dão resultado.
Espero que exista apoio e reconhecimento não apenas quando há bons resultados e vereadores vêm nos procurar para nos dar ‘Moção de Aplausos’. Que 2019 possa ser o ano dos milagres”, finaliza
Por fim, a professora de educação física Kizie De Paula Aguiar, de 37 anos, tem a expectativa de que Rio Claro, em 2019, tenha mais
políticas públicas eficazes e afirmativas de longo prazo/permanente em saúde, cultura e patrimônio (material e imaterial), direitos humanos, desenvolvimento social e econômico, educação e segurança. “Quero uma cidade segura, justa e de paz que valorize seus cidadãos. Espero que 2019 seja um ano sem ódio e com muito mais paz no coração dos brasileiros e brasileiras.”
Kizie ambiciona que seja um ano de força, sabedoria, resistência e resiliência para enfrentar tantos desafios, retrocessos, discriminações, racismo, feminicídio, preconceitos, violências e desigualdades. “Enfim, que em 2019 possamos usufruir com inteligência o melhor que o Brasil tem a nos oferecer, um país bonito por natureza. Feliz 2019, Brasil”, conclui.