Nascida em Rio Claro, Kátia Carolina Corrêa Kah, 33 anos, nutre verdadeira adoração pela dança e a ela se dedica há anos.
Convidada a ilustrar as páginas do Centenário, Kátia prontamente atendeu à reportagem com o intuito de relatar um pouco de sua trajetória de amor e dedicação à nobre arte da dança.
“Meu interesse pela dança vem desde que me conheço por gente. Ainda pequena, adorava os programas que tinham música e dança, como o da Xuxa, por exemplo. Lembro-me que na escola sempre estava nos eventos culturais. E dançando. Sempre arrastava minhas melhores amigas comigo”, relembra Kátia.
A bailarina relata que veio de uma família humilde. Então, quando muito pequena, sempre quis frequentar aulas de ballet, no entanto, seus pais não tinham condições. Assim sendo, tornou-se uma autodidata. Assistia a clips de dança e captava a coreografia sozinha em casa. “Depois de muito assistir o vídeo e colocar no modo lento de reprodução”, conta. Segundo Kátia, seus pais sempre a incentivaram, bem como aos irmãos, a admirar e a respeitar a arte. “Apesar do pouco recurso financeiro, eles sempre davam um jeito de nos levar ao teatro, ao cinema, entre outros”, recorda-se a artista.
Todavia, em tratando-se de uma bailarina, se fazia necessário o aprendizado das técnicas alusivas à dança. “E isso não tem como aprender sozinha. É preciso encontrar uma academia ou escola especializada em dança, com professores capacitados. Assim, quando recebi meu primeiro salário como estagiária, fiz minha matrícula em uma academia de dança em Rio Claro. Ah, e desde então não parei mais”, confidencia.
Kátia conta que se dedicou a vários estilos, tais como jazz, ballet – Vaganova e atualmente formada pela Royal Academy of Dance -, contemporâneo, sapateado e danças urbanas. A bailarina, que passou por algumas academias de Rio Claro, Limeira, Americana, Santa Bárbara d’Oeste, Piracicaba, Cordeirópolis, Jundiaí, Campinas, São Paulo, entre outras, ressalta que sempre teve em seu caminho excelentes professores que deram a ela oportunidades que a ajudaram a chegar onde atualmente se encontra.
Hoje, Kátia integra a Cia. Pariz Arte em Dança, em São Caetano do Sul. “Somos uma companhia de jazz e temos como mestre um grande nome da vertente no Brasil: professor Edson Santos, e foi com essa companhia que estivemos, quando do último dia 22 de julho, no maior festival de dança do mundo em apresentações e o maior festival de dança competitivo da américa latina: o Festival de Dança Joinville, onde participamos em sua mostra competitiva, que é a mais desejada por todos os participantes”, expõe.
A bailarina conta que dançarinos de todo o país, e até mesmo do exterior, viajam a Joinville a fim de concorrer na mostra competitiva, objetivando apresentar-se Meia Ponta ou nos Palcos Abertos, que se espalham pela cidade. Segundo ela, das 3.361 coreografias inscritas, a curadoria artística selecionou 200 para a mostra competitiva, e a Cia. Pariz, da qual faz parte, foi uma das selecionadas. “Com certeza, para mim, estar no palco competitivo de Joinville foi um sonho realizado. E para nossa querida cidade também, pois Rio Claro estava lá, sendo representada, mostrando nossa força cultural”, comemora.
Atualmente, é diretora artística da Cia. de Danças Floridiana, no Floridiana Tênis Clube, em Rio Claro, e ministra aulas de danças urbanas nas academias Coda e Tatiana Leite. A rio-clarense já trabalhou com diversos grandes nomes da dança no Brasil, como Caio Nunes, Eduardo Bonnis, Edy Wilson, Fernanda Araújo, Erika Novachi, Gustavo Donatti, Roberto Amorim, Andrea Sposito, Pedro Reis e Fernanda Chamma.