Alunos do ensino médio e fundamental do Colégio Puríssimo Coração de Maria, de Rio Claro, desenvolveram uma cadeirinha de rodas para a cachorrinha Mel, que teve seus membros traseiros amputados após ser atropelada por um veículo em via pública.
Os alunos se comoveram com a história da cachorrinha e desenvolveram o projeto na impressora 3D do recém-inaugurado Espaço Maker do Colégio. Tudo, após muitos estudos, parcerias e os esforços de todos.
A ação virou notícia na pequena cidade de Rio Claro e rendeu até Moção de Aplausos aos alunos concedida por unanimidade na Câmara Municipal de Vereadores do município.
O projeto foi desenvolvido utilizando leis da física (distribuição de forças), modelagem 3D conceitos sobre a resistência dos materiais, biomecânica do movimento, letramento tecnológico e o uso de fresas cnc e foi coordenado pelo professor de física Fillipi Ongarelli.
As peças da cadeirinha foram confeccionadas na impressora 3D do colégio, além de utilizar tubos de alumínio e sistema de presilha, muito usado na engenharia aeronáutica.
“O projeto envolvendo a cachorrinha Mel serviu como piloto para uma iniciativa ainda mais ampla e promissora do Colégio Puríssimo, que é entender e desenvolver uma técnica para unir tubos de alumínio que auxiliarão na construção de um parapódium, projeto semelhante a uma cadeira de rodas, em prol de uma criança de sete anos com problemas de locomoção”, detalhou o professor Fillipi.
Segundo o aluno Arthur Aceti Cesar, de 11 anos, a equipe não vê a hora de iniciar o projeto para a cadeira de rodas. “Agora precisamos desenvolver uma técnica que integre os tubos de alumínio, que auxiliarão na construção de uma cadeira de rodas da criança de sete anos que queremos ajudar. Estamos muito felizes em poder ajudar”, ressaltou Arthur.
O professor Fillipi reforçou que no ano passado, a mesma Empresa Jr. desenvolveu uma maquete de como deveria ser o equipamento. Com a mão na massa, entusiasmo e a vontade de fazer a diferença, os alunos seguem com outras ideias para ampliar o alcance das ações com o uso da tecnologia. Em breve, dentro de um cronograma de projetos, até uma prótese para um pato que perdeu o pé será entregue pelo grupo”, comemorou o professor.
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