A carga tributária do Brasil é simplesmente considerada uma das maiores do mundo e incompatível com o desenvolvimento, no sentido de crescer o país e, ao mesmo tempo, tornando-se gerador de empregos e de oportunidades àqueles que estão à procura de um lugarzinho ao Sol, visando conquistar um emprego no mercado de trabalho.
O peso da referida carga destrói a competitividade de todos os setores comerciais e industriais, estando neste contexto e de forma a se pensar no problema tributário cada vez mais comprometendo a expansão econômica e a própria exportação de uma maneira eficaz perante as nações mais desenvolvidas do planeta.
Com base no relatório anual da Receita Federal, a carga tributária bruta em 2.017 atingiu mais de 32% do PIB (Produto Interno Bruto), a maior considerada em 2.016, sem que nenhuma providência por parte do governo viesse a fazer com que fosse suportada pelo mundo empresarial, dando-lhe alguns incentivos para levar avante sua atividade em prol do próprio crescimento do país.
Saliente-se nesta oportunidade que, em 2.016, só os cubanos pagaram mais impostos com uma abrangência de 42% do PIB e que não vem ao encontro de uma política mais saudável, para que os industriais e comerciantes daquele país possam sobreviver. Neste aspecto, o Brasil perde apenas dez pontos percentuais, mas em outras situações é tido como campeão do sistema tributário.
Nos países que participaram da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, a carga tributária ficou em 34% e, para alguns países do planeta, citamos o Chile, onde a carga tributária não passou de 20% e para os norte-americanos atingiu um percentual de 26%, devido à boa conduta daquele país sem o sacrifício dos contribuintes de um modo geral.
O Brasil não é apenas o país em que as empresas gastam mais tempo para cumprir as exigências do fisco e, além desse aspecto, é o que menos devolve em benefícios dos cidadãos, especialmente no que tange à saúde, apesar de alguns avanços de melhoria no atendimento através do SUS (Sistema Único de Saúde), mas ainda deixa muito a desejar, mormente quando há necessidade de consulta em caráter de urgência absoluta.
Além dos aspectos até aqui narrados, há de se fazer alusão à má qualidade dos serviços públicos, outra situação, a exemplo do atendimento à saúde pública e que ainda não atingiu o patamar desejado por todos, em função da falta de estrutura para a demanda que abrange milhares de municípios espalhados por todo o país.
A simplificação de redução dos impostos é uma das medidas mais que necessárias e indispensáveis, além da reforma previdenciária, porém, pelo que se percebe pela morosidade com que andam os passos e com a possibilidade de encontrar barreiras pela frente, tanto pela Câmara Federal como pelo próprio Senado da República, não há uma previsão da possível aprovação ou não pelas duas Casas de Lei.
Com o pronunciamento tempos atrás do ministro Paulo Guedes, que ocupa uma das pastas mais importantes do Ministério, no sentido de uma redução tributária das empresas de 34 para 15%, um fato que não deixa de ser uma das iniciativas mais louváveis, fazendo com que essas empresas se desenvolvam no âmbito geral de crescimento e expansão de seus negócios, onde poderão contribuir para a redução da taxa de desemprego.
Com medidas que venham ao encontro das aspirações de todos, independente da atividade profissional de cada um, sempre há esperança de que os grandes sonhos aconteçam e que possam direcionar as boas iniciativas do governo em nível Federal, desde que venham a se tornar realidade.