O vereador Alessandro Almeida é candidato a deputado federal pelo Podemos. Em entrevista ao Diário do Rio Claro, ele falou sobre as propostas, planos e projetos futuros caso consiga ser eleito. Em seu primeiro mandato como vereador, Almeida agora quer representar Rio Claro no Congresso Nacional.
De acordo com ele, o trabalho como vereador é praticamente uma campanha. “Se você faz coisas boas e mostra uma atuação diferente, isso te dá visibilidade. Hoje, fazer o correto te destaca e não deveria ser assim, pois deveria ser uma obrigação de todos. Mas infelizmente não é isso acontece. Vemos muito trabalho em benefício próprio e não em benefício da comunidade”, afirma.
O candidato acredita que a partir do momento que você é eleito porque o eleitor te confiou seu voto, sua obrigação triplica. “Você tem que mostrar porque está ali e porque as pessoas te elegeram”, observa.
Almeida comenta que sua linha de trabalho não envolve assistencialismo. “Fui eleito dessa forma, sem dar nada em troca do voto. Faço para o macro, em benefício de uma causa ou da comunidade. Essa é a minha de trabalho”, esclarece.
De acordo com ele, participar 20 anos de uma escola de samba ajudou porque na agremiação todos são iguais independente da raça, situação econômica ou orientação sexual. “Na escola todo mundo é igual e cada um tem que cumprir a sua função pelo bem da comunidade. Hoje vemos brigas por coisas ridículas e isso precisa ser combatido. Como? Dando exemplos positivos e sendo verdadeiro. Acredito que um não bem dado vale mais que o sim arrumado”, frisa.
Ele conta que ao longo de sua campanha recebeu vários tipos de pedidos como carro, pagamento de pensão alimentícia, lata de tinta etc. “Quem paga não fica no prejuízo e o dinheiro tem que sair de algum lugar, e a população vai pagar na fila da UPA, vaga de creche e serviços públicos sucateados”, observa.
Para ele, o eleitor está descrente, mas coloca todos os políticos no mesmo cesto. No entanto, conforme ele, é preciso se informar. “Sou ó único vereador com portal da transparência. Meus projetos, moções, indicações, tudo que fiz está no meu site e a população pode acompanhar e avaliar o trabalho”, informa. “Quando me tornei vereador assumi o cargo com um livro em branco e quem vai escrever a história sou eu, e tenho que deixar um legado positivo”.
Falta de água
Uma de suas preocupações é o abastecimento de água em Rio Claro. Segundo Almeida, a ETA 1, que atende 40% da cidade (80 mil pessoas) tem risco de rompimento e não há plano de contingência caso isso aconteça. Porém, ele frisa que o problema decorre de várias administrações porque ninguém se preocupou e fez investimentos, e o problema vai estourar nas mãos de alguém. Ele não tem medo de falar em privatização. “Por mim privatizava o Daae inteiro se fosse para levar água tratada e de qualidade na casa das pessoas”, sugere. E não é só isso. Sem água o município não atrai indústrias.
Por essas e outras situações ele ressalta a importância de Rio Claro ter um representante na Câmara dos Deputados. O parlamentar tem R$ 17 milhões por ano para gastar e esses recursos são chegarão à cidade se tiver alguém lá. “O deputado de Piracicaba, por exemplo, primeiro vai suprir a base dele e, se sobrar, destina aos demais municípios. As pessoas precisam entender isso”, frisa Almeida lembrando que a cada R$ 11,00 arrecadados em Rio Claro apenas R$ 1,00 fica na cidade. “Temos 156 mil eleitores e potencial para eleger dois deputados federais e dificilmente faz um. Precisamos conscientizar o eleitor para que ele abrace Rio Claro”, pontua.
Almeida conta que não trabalha apenas em Rio Claro e sim em 350 cidades. O projeto de ensino do bem-estar animal nas escolas decolou para outros municípios. Fora, isso ele ainda institui a lei dos fogos de artifícios e do escapamento. Porém, conforme ele, não basta fazer a lei, é preciso cobrar a prática do Executivo.
Também nessa área tem o projeto da Patrulha de Proteção Animal que completou ontem um ano da primeira pessoa conduzida à delegacia por maus-tratos. Ele defende a aplicação da vacina polivalente que protege o animal de doenças e gera economia de recursos com tratamento.
O trabalho deve ser feito com base em uma pirâmide: ensino, atendimento preventivo aos animais de pessoas carentes, vacinação e chipagem. “Fechar essa pirâmide depende de dinheiro e boa vontade do Executivo”.
Hospital regional
Com relação à saúde, ele falou sobre a UPA da Avenida que será transformada em hospital municipal, e o último passo é virar regional e isso não será conquistado se não houver alguém em Brasília destinando recursos para a cidade. “A obra não é difícil fazer, o difícil é o custeio”, destaca.
Ele frisa ainda que a causa animal é uma de suas bandeiras de trabalho, mas atua em outras frentes. Segundo ele, foi a partir de seu trabalho que a prefeitura cancelou contrato de aluguel com valor alto de escola, a diária de viagem dos vereadores baixou de R$ 2.000,00 para R$ 300,00, sem contar o caso da hospedagem dos parlamentares em resort durante congresso. “Não sou contrato usar carro público, ter verba de custeio, mas tem que ter limite. São situações que a gente tenta combater”.
Com relação ao desenvolvimento econômico de Rio Claro, ele acredita que isso não se faz trazendo pequenos estabelecimentos e sim indústrias que geram muitos empregos. Mas, para se instalar na cidade, a indústria precisa de infraestrutura e uma delas é a água.
“O poder público precisa investir e facilitar para o empresário que gera riqueza. Rio Claro tem uma localização privilegiada em termos de logística e se tiver infraestrutura e política séria as empresas vão vir para a cidade”, finaliza o candidato.
Por Redação DRC / Foto: Diário do Rio Claro