A colheita já está próxima, mas muita gente que passou pela estrada que liga Rio Claro ao Distrito de Ajapi se encantou mais uma vez com a paisagem nesta época do ano. O amarelo dos girassóis tomou conta de uma área de 55 hectares e encantou pela beleza. Para quem visitou, as sensações foram diversas. “De paz, tranquilidade, amor, presença de Deus”, define a dona de casa Adelma Ignácio que já visitou o local em outros anos, mas este teve um significado ainda mais especial. “Acabamos de nos casar no civil e viemos comemorar este momento, deixar registrada nossa alegria”, destacou ao lado do esposo Edward Ignácio. “O local é maravilhoso e remete o que estamos sentindo”, destacou Edward.
A aposentada Otília de Souza também estava com a filha Adelma e ficou encantada. “É a primeira vez que venho que fiquei apaixonada com este presente da natureza”, definiu.
A beleza da planta foi escolhida há séculos pelo pintor Vango para ficar registrada em um dos seus quadros. A planta tem origem da América do Norte e ganha o nome por acompanhar a trajetória do sol. Além de significar felicidade
ECONOMIA
Além do cenário se tornar um ponto turístico para centenas de pessoas que param para apreciar e tirar fotos, o plantio traz benefícios para agricultura e também economia. São 45 mil plantas por hectare e a colheita deve começar em agosto, trazendo uma expectativa de maior lucratividade. Há 25 anos a família do Ronaldo planta girassóis na região, mas a produção precisa ser alternada, até mesmo para evitar pragas. “O custo de produção gira em torno de mil reais por hectare, este ano estamos esperando um lucro maior, visto que muitos agricultores acabaram optando por outras plantações. A procura está grande, o preço está muito bom, está muito atrativo. Então dá um lucro no inverno. Para não deixar a terra parada, a gente planta girassol, embeleza a área e dá um retorno financeiro bom também”, destaca o agricultor Ronaldo Maimoni.
É uma cultura típica da estação que produz a semente que é utilizada para a fabricação do óleo e também para a alimentação de pássaros. “Plantamos soja no verão e, depois da colheita, plantamos o girassol, sendo que este tem a função de reciclar os nutrientes do solo e é uma lavoura que é mais tolerante à seca, além de não deixar a terra parada e ser mais uma fonte de renda”, acrescenta.
De acordo com o proprietário, a plantação começou em abril. Após a colheita, que é feita de forma mecanizada, o girassol passa por uma pré limpeza e é colocado em sacas de 30 kg. A semente é vendida para fábrica de ração para pássaros. “O ciclo é 120 dias, depois que murcha, ele tem que secar até atingir o nível de umidade para ser colhido”, disse Maimoni.
O produtor rural diz que além de ser um trabalho, toda família se sente feliz em proporcionar alegria e beleza também para muitas outras pessoas. “É uma satisfação ver as pessoas vindo, registrando, ficando felizes também”, completa.
Por Janaina Moro / Fotos: Diário do Rio Claro