Alunos de uma escola estadual de Rio Claro levaram armas brancas para a escola na última segunda-feira, dia 10, o que fez com que a direção da unidade acionasse a Polícia Militar para comparecer à escola. Segundo o registro policial, um aluno e uma aluna teriam levado os artefatos em suas mochilas.
A direção e os policiais chamaram os pais dos estudantes para uma conversa, inicialmente na própria escola, onde os pais reconheceram os artefatos como sendo pertencentes às suas casas, mas alegaram que os filhos haviam levado em segredo as armas brancas para a escola e que eles, os pais, não sabiam desse fato.
Já os estudantes, que também foram ouvidos em princípio na escola, alegaram que estavam com as armas brancas porque se sentiam com medo, diante dos atentados registrados em várias partes do Brasil, inclusive, com mortes, como aconteceu em São Paulo e Santa Catarina. Os adolescentes disseram, ainda, que teriam “ouvido comentários” de que poderia haver “um massacre” na própria unidade de ensino.
A diretora relatou aos policiais que os alunos envolvidos no caso têm registro de bom comportamento e que, na avaliação dela, eles não seriam capazes de ameaçar ou atacar alguém. Ela reafirmou que no último dia 6 de abril chegou a registrar um Boletim de Ocorrência sobre ameaça, depois que pais de alunos disseram a ela que também estavam ouvindo comentários sobre um possível atentado naquela unidade.
Ainda conforme o registro policial, os agentes de segurança avaliaram que os alunos que levaram as armas brancas demonstravam realmente estarem assustados com a situação e que seu objetivo seria meramente de defesa caso alguma violência viesse a ocorrer.
As armas brancas foram apreendidas e encaminhadas para perícia. Os adolescentes foram liberados para seus pais. A presença do Conselho Tutelar foi solicitada, mas representantes do órgão teriam informado impossibilidade de comparecer à escola, e que aguardariam documentos a serem enviados pelas autoridades policiais. O caso seguirá sob investigação.
Foto: Senado Federal