“O atendimento via rede pública de Saúde custa anualmente R$ 52 milhões para a Santa Casa de Misericórdia. O governo federal repassa 50% deste valor via Sistema Único de Saúde (SUS), recebemos 12% da Prefeitura e 8% do governo estadual. Os outros 30%, a Santa Casa tem de arcar acumulando prejuízos.” Com essa frase, o vice-provedor Jorge Pedro, apresentou o Raio X da crise financeira que ameaça o funcionamento da Santa Casa de Misericórdia de Rio Claro ao Parlamento Regional da Aglomeração Urbana de Piracicaba (Praup). A reunião ordinária ocorreu na manhã dessa terça-feira (14), nas dependências do Floridiana Tênis Clube.
Coordenada pelo presidente Gilmar Rotta, a reunião do Praup teve como anfitrião o presidente da Câmara de Rio Claro, José Pereira dos Santos. “A defasagem da tabela SUS é a triste realidade que sufoca as finanças da Santa Casa, instituição responsável pelo atendimento médico gratuito para toda a nossa microrregião. Rio Claro fez a sua parte neste processo, com o projeto que está em tramitação no Legislativo, o qual estabelece a contribuição voluntária mensal a ser paga anexa à tarifa de água e esgoto. Tenho a certeza que outras cidades vão adotar medida semelhante em prol da Santa Casa de Misericórdia”, afirmou Pereira.
A ajuda financeira à Santa Casa na reunião do Praup foi incluída a partir do ofício da vereadora Carol Gomes. Ela solicitou que o Parlamento interceda junto a deputados que representam os municípios que integram o grupo para que recursos possam ser liberados. “Precisamos de emendas parlamentares para que o atendimento SUS não corra o risco de ser interrompido ou reduzido”, disse a vereadora.
Além do presidente José Pereira e de Carol Gomes, a Câmara de Rio Claro foi representada no Praup pelos vereadores: Geraldo Voluntário (MDB), Julinho Lopes (Progressistas), Diego Gonzalez (PSD), Val Demarchi (DEM), Rodrigo Guedes (PSL), Moisés Marques (Progressistas), Adriano La Torre (Progressistas), Irander Augusto (Republicanos) e o vice-presidente do Legislativo Hernani Leonhardt (MDB). Os demais vereadores foram representadores por seus assessores.
O provedor Danusio Diniz e o diretor administrativo Alfredo de Lima Junior também representaram a Santa Casa no evento. Presidente do Parlamento Regional da Aglomeração Urbana de Campinas, José Carlos Silva, também conhecido como Zé Carlos, e o prefeito municipal Gustavo Perissinotto integraram a Mesa Principal.
A união de esforços entre os municípios foi tema abordado por Carol Gomes na reunião. “Na época crítica da Pandemia presenciamos que localidades que insistiam em desrespeitar as restrições impostas no Estado, principalmente na área do abastecimento alimentar, assediaram pessoas que moravam em cidades onde os estabelecimentos tinham de permanecer fechados. União não tem dois significados. União é união”, disse a vereadora. Carol Gomes, via ofício, também solicitou atenção por parte do 10º Batalhão da Polícia Militar do Interior quanto a necessidade de reforço na segurança em Rio Claro.
Presidente do Conselho Fiscal do Consórcio PCJ, Julinho Lopes fez alerta quanto à crise hídrica. Para o vereador, a região de Rio Claro precisa criar mecanismos à construção de uma represa para evitar transtornos em períodos de estiagem e afastar o risco de desabastecimento. Julinho, através de ofícios, voltou a defender o Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), como forma de preservar as Áreas de Preservação Permanentes (APPs) nas margens dos rios, buscar soluções na área de regularização fundiária para conter as invasões em áreas urbanas e recolocou em debate a questão do fechamento de acessos em rodovia por parte de concessionária.
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