O versículo bíblico “amar ao próximo como a si mesmo” é um dos maiores legados deixados por Deus à humanidade,
mas devemos interpretá-lo de forma que este amor se estenda não somente à espécie humana, mas também a todos os seres viventes na terra, sobretudo os animais, respeitando a vida destes, que desempenham papel fundamental na manutenção do equilíbrio no ambiente.
A proteção a estes seres indefesos vem ganhando adesão por todo país e pelo mundo, reunindo grupos, entidades, ONGs que, de forma voluntária e motivados pelo espirito afetivo e solidário, sensibilizam a sociedade e lutam pelo fim de qualquer tipo de crueldade praticada contra os animais.
Atualmente, são registrados cada vez mais casos de abandono, maus-tratos, doenças, atropelamentos, humilhações, agressões, prisões, inclusive, mortes de animais por falta de alimentos devido à ausência de dignidade e respeito por parte dos seres humanos.
Por esta razão, se faz necessário educar a sociedade em respeito aos animais, despertando junto à população das cidades a responsabilidade de todos, sejam crianças, jovens, adultos e idosos pela valorização da vida animal, considerando- os como seres sencientes de medo, amor, solidão, frio, calor, fome, promovendo uma melhor integração de paz.
Segundo Michelle Crespo, defensora e protetora dos animais, desde 2011, em Rio Claro, “a luta pela causa animal é tão digna quanto lutar por qualquer outro motivo. É uma questão social, uma identidade e missão. É um dever de todos os humanos respeitar todos os animais, pois são vidas e merecem a liberdade como nós.
Sendo assim, a proteção aos animais deve envolver verdadeiros heróis que plantam sementes do bem no coração de todos para que possam sensibilizar outras pessoas a colaborarem com esta missão, ajudando e se importando com a vida deles, valorizando a importância da guarda responsável”. Outro ponto fundamental destacado pela defensora é evitar a compra de animais, pois esse mecanismo estimula a exploração da vida destes, como, por exemplo, nas chamadas fábricas de filhotes movidas pelo lucro e onde há muito sofrimento.
O ideal é assumir uma adoção responsável que ofereça abrigo, alimentação adequada e acompanhamentos veterinários sempre que necessário, mas, sobretudo, amor, proteção e zelo pela vida do animal até o fim, seja de pequeno ou grande porte, filhote ou idoso, enfim, provando compaixão e solidariedade.
Para Gisele Pfeifer, Diretora do Departamento de Proteção Animal, as pessoas, ao adotarem um animal, precisam estar dispostas a cuidar dele por toda a vida, tendo a consciência que não se trata de um produto ou mercadoria que pode ser trocado ou jogado fora ao apresentar “problemas”. Eles precisam de cuidados, assim como qualquer ser humano.
Portanto, a adoção responsável se caracteriza pelo ato tão sublime e importante que, além de resgatar animais e oferecer lares provisórios regados de atenção, carinho e afeto, ajuda, inclusive, no processo de restabelecimento da confiança, autoestima e até recuperação de doenças. Podem também ser agentes facilitadores, agregando pessoas, diminuindo o isolamento entre indivíduos, ou seja, contribuindo positivamente nas relações sociais humanas.
Por Eder Varussa