Iniciamos este comentário, fazendo alusão aos milhares de animais abandonados e maltratados por diversos motivos, como falta de tempo, dinheiro, além de alguns momentos de falta de melhor dedicação, até mesmo por terem crescido, deixam de ser mimados e, nessas condições, acabam, por vezes, vivendo nas ruas da amargura.
Uma das soluções mais viáveis, a nosso ver, está intimamente ligada a adoções desses animais, o que vem contribuir para a redução, principalmente dos cães à espera de um abrigo ou de um lar que lhes dêem amparo para uma condição mais efetiva e saudável à sua vivência.
No Brasil, esta situação compreende mais de 20 milhões de cães abandonados, sem contar os diversos outros animais que acabam tendo o mesmo destino. No entanto, graças a pessoas apaixonadas por animais e dispostas a tudo para salvá-los dessa realidade, os bichinhos têm a chance de uma nova vida em família.
Importante ressaltar que protetores de animais fazem campanhas e que dão acesso às redes sociais para que os interessados possam encontrar um animal e, consequentemente, possa ser membro do convívio familiar, portanto, uma ótima iniciativa de quem se propõe a incentivar a adoção de animais.
Pesquisas já demonstraram que esse preconceito de “vira-lata” ou sem raça definida já diminuiu bastante, por sinal, em grande escala e que se estende ao longo do tempo, aí vem a pergunta: por que pagar preços exorbitantes por um animal se existem diversos pelas ruas e avenidas de cidades esperando por um lar? Além desse fato, ao adotar um animal, quem o adota estará contribuindo para a diminuição deles em função do abandono por um motivo ou outro.
Um animal de estimação é como um dos integrantes da família e, além desse fato, implica em responsabilidades, gastos inadiáveis com veterinário, caso esse animal venha a adoecer, portanto, adoção ou compra precipitada acabam resultando em abandono. Neste caso, torna-se viável a pessoa pesquisar antes sobre o animal que deseja adotar, sabendo um pouco sobre seus hábitos e tempo de vida.
Quem mora em cidades de médio e grande porte, acreditamos que já devam ter se deparado com a quantidade de animais abandonados que vaga pelas ruas e, por não terem acesso aos cuidados essenciais e adequados, esses bichinhos acabam se transformando em portadores de doenças, além de passarem frio, fome e sede, estando, neste contexto, os maus-tratos, pois acabam se intensificando pelo desinteresse de quem teria condições de acolher esses bichinhos.
Apesar de que se trata de uma escala diminuta de pessoas que se dedica à recuperação dos animais abandonados, campanhas junto à população e à sociedade seriam uma das soluções, no sentido de serem ampliadas, conscientizando a comunidade sobre a importância de se adotar animais.
Ao adotar um animal, é claro que o adotante irá oferecer um lar, ou seja, uma nova oportunidade de viver bem e feliz, além de ganhar um companheiro por alguns anos e, em se tratando de um cão, temos conhecimento de que sua duração varia de 15 a 20 anos ou um pouco mais, onde os reflexos vão se tornando frágeis e que se assemelham a outros animais com esta duração de vida.
Outro grande benefício da doação é que essa é também uma forma de se posicionar contra o comércio de animais. Quando a pessoa paga um preço por um bichinho, estará tratando-o como se fosse uma mercadoria e colaborando com o que, popularmente, muitos chamam de “fábrica de filhotes”, um procedimento que não condiz com o bom senso de quem assim o procede.
Para levar adiante o processo de adoção, entende-se que o adotante tenha mais de 21 anos e tenha consciência formada sobre esta iniciativa de adotar, devendo estar preparado para acolher um bichinho, evitando, dessa forma, futuros abandonos, o que vem se tornando uma espécie de rotina em todas as cidades por falta de responsabilidade de quem adotou esse ou aquele animal, mesmo que seja um gato, pois faz parte desse contexto que compreende os animais.
Por Aléssio Canonice