O Dia do Pedestre foi comemorado no último dia 8. A data foi criada para levantar o debate sobre como promover segurança para quem caminha e tem se tornado um tema emergente. Os acidentes envolvendo pedestres são os mais graves e mais fatais.
Em rodovias, além da imprudência, observa-se que alguns trechos exclusivos para tráfego rodoviário são usados como avenidas, pois muitos bairros cresceram ao seu redor, promovendo o desenvolvimento das cidades em torno da via. Por isso, é essencial o investimento feito em infraestrutura e ações de conscientização e planejamento para todos os públicos, inclusive os pedestres.
Segundo a Pesquisa de Observação, realizada pela Arteris, o comportamento do motorista brasileiro é imprudente. Muitos excedem a velocidade enquanto dirigem e essa atitude influencia os acidentes com pedestres. Deve-se considerar o comportamento dos próprios pedestres, que insistem em caminhar às margens das rodovias e atravessar direto pela pista.
Embora o número de acidentes por atropelamento seja a menor parcela, os dados indicam que eles são proporcionalmente mais graves e com alto índice de fatalidade nas rodovias. Infelizmente, praticamente 1/3 dos óbitos registrados nas rodovias administradas pela Arteris nas regiões Sul e Sudeste do país são decorrentes de atropelamentos. Em 2017, o total de óbitos registrados em acidentes foi de 644. Pedestres envolvidos em acidentes fatais representam 31% do total de 2017.
Já é possível verificar uma redução dos indicadores no primeiro semestre deste ano. De janeiro a junho de 2017, foram registrados 250 acidentes com pedestres e 104 óbitos. Para o mesmo período de 2018, verificou-se uma queda de 10% no número de acidentes e uma redução de 24% de óbitos com pedestres. No entanto, os dados ainda são preocupantes.
Os números do Grupo corroboram com as informações do Infosiga SP, sistema de dados do Movimento Paulista de Segurança no Trânsito, do Governo do Estado de São Paulo. Pedestres correspondem ao segundo maior grupo de vítimas fatais do trânsito no Estado. Em 2017, foram registrados 5.645 óbitos, sendo 52,17% de condutores, 28,27% de pedestres, 12,75% de passageiros e 6,8% não identificados.
RIO CLARO
Segundo a Secretaria de Mobilidade Urbana, as principais causas de acidentes no município são relacionadas à imprudência e desrespeito à sinalização. Dentre as ocorrências registradas, muitas envolvem pedestres e ciclistas. Somente no ano passado foram registrados 65 atropelamentos no município, sendo o mês de março com maior número: 12 vítimas no total.