Acelera Tici: GP sem fim
Assim como nas pistas, o que marca o final de uma volta é também a referência do começo de uma nova volta. É o código para “vamos tocar em frente”, usando tudo o que aprendemos, tudo o que erramos e acertamos para fazer melhor, brilhar mais e ganhar muito.
Na terça feira dia 10, lá mesmo em Abu Dhabi dois dias depois do GP, começou a próxima volta dessa roda-gigante que vai atraindo as atenções dos esportes a motor desde 1950 no automobilismo mundial.
A roda-gigante praticamente não para e tem a propriedade magica de ver gente (Pilotos, Patrocinadores, Público, Prestadores de Serviço, Engenheiros, Técnicos, Dirigentes, Organizadores) entrando e saindo, em diferentes momentos e imprevisíveis frequências. Todos atrás dessa órbita hipnotizante de promoção, exposição e faturamento.
Mas tem gente que destrói bem, também.
Aqui vai uma imagem dos gastos por batidas durante o ano de 2024. Na Williams tiraram o Logan Sargeant porque batia muito e colocaram o Franco Colapinto que bate igual. Até um pouco mais, acabaram fazendo a famosa troca de seis por meia dúzia!
O que deu para ver nos testes pós-temporada
Muito difícil entender o que aconteceu, já que não se sabe bem quais eram as quantidades de combustível em cada carro. Teve também a vaiável dos pneus, já que muita gente andou apenas com os pneus de 2025, reconhecidamente mais lentos do que os seus “primos” de 2024.
O teste foi uma viagem de descoberta para Sainz, que parece que esqueceu que não estava mais de Ferrari e acelerou pra valer. Para a Williams também foi um choque que até passaram a duvidar mais de que o espanhol é um piloto especial.
Ele mesmo declarou que passou as últimas voltas do GP no Domingo, absorvendo cada detalhe da Ferrari, fixando na memória tudo que pode para comparar sensações, reações e transmitir com precisão para toda a equipe Williams.
Os engenheiros da Williams que trabalharam com Sainz encontraram um piloto engajado e detalhista, que já terá causado uma impressão positiva com seu feedback e ética de trabalho. Há todas as indicações de que ele tenha feito sugestões construtivas para melhorias.
Isso o torna exatamente o piloto que a Williams precisa em sua busca para subir na classificação, uma engrenagem poderosa na máquina, alguém que a equipe espera que se encaixe bem com o titular Alex Albon, que fez da equipe sua nas últimas três temporadas e agora enfrenta um desafio difícil ao lado de Sainz.
A história Sainz/Williams começou. Se será uma história de sucesso, fracasso ou algo entre os dois, ainda não se sabe, embora haja poucas dúvidas de que 2025 será tão difícil quanto ele previu. Mas a Williams terá começado a perceber que o Sainz pode até exceder as expectativas altíssimas dos donos da equipe. Ele é esse tipo de piloto.
Na Sauber a chegada de Hulkenbeg e Bortoleto, deixou claro que a dupla anterior era mesmo muito fraca, até mesmo mais do que o carro. Bortoleto e o Brasil estão de volta oficialmente ao gris da F1!
2024 no espelho retrovisor, um 2025 promissor
É hora de começar a se animar com 2025 um ano de transição para a verdadeira mudança que acontece em 2026.
Vejam o calendário com todas as suas novidades e guarde para não perder nenhum detalhe:
Calendário de testes e de corridas da F1 em 2025
18 de fevereiro: lançamento coletivo todas as equipes
26 a 28 de fevereiro: tetses de pré-temporada em Bahrein
16 de março: GP da Austrália
23 de março: GP da China*
06 de abril: GP do Japão
13 de abril: GP do Bahrain
20 de abril: GP da Arábia Saudita
04 de maio: GP de Miami*
18 de maio: GP da Emilia Romagna
25 de maio: GP de Mônaco
01 de junho: GP da Espanha
15 de junho: GP do Ca
29 de junho: GP da Áustria
06 de julho: GP da Grã-Bretanha
27 de julho: GP da Bélgica*
03 de Agosto: GP da Hungria
31 de agosto: GP da Holanda
07 de setembro: GP da Itália
21 de setembro: GP do Azerbaijão
05 de outubro: GP de Singapura
19 de outubro: GP dos Estados Unidos*
26 de outubro: GP do México
09 de novembro: GP de São Paulo
22 de novembro: GP de Las Vegas
30 de novembro: GP do Qatar
07 de dezembro: GP de Abu Dhab
- Corridas Sprint
Dinheiro para gastar eles têm
O desempenho abaixo do esperado de Perez este ano vai custar caro para a Red Bull que viu o seu prêmio diminuir em 20 Milhões de Dólares.
A divisão exata do prêmio em dinheiro da F1 é secreta, mas com um pouco de pesquisa pode-se obter uma boa estimativa com base em informações de domínio público.
De acordo com o Acordo de Concórdia, o contrato que rege o campeonato, o prêmio da equipe é de 50% do lucro dos direitos comerciais da F1.
As equipes nem sempre recebem 50%, pois após certo ponto de receita acredita-se que a participação percentual da (FOM) Formula One Management aumenta. Os pagamentos também não são divididos igualmente, pois a Ferrari, por exemplo, recebe um pagamento extra, cerca de 5%, por sua importância histórica, tendo competido em todas as temporadas desde a primeira da F1 em 1950.
Também há bônus por sucessos passados, como vencer o campeonato, então o quadro final ficou uma coisa mais ou menos assim:
Posição | Prêmio em Dinheiro | Equipe |
1 | $140m | McLaren |
2 | $131m | Ferrari |
3 | $122m | Red Bull |
4 | $113m | Mercedes |
5 | $104m | Aston Martin |
6 | $95m | Alpine |
7 | $87 | Haas |
8 | $78m | RB |
9 | $69m | Williams |
10 | $60m | Sauber |
Vamos em frente e na semana que vem, vamos falar das outros equipes.
Por Ticiano Figueiredo / Foto: Divulgação