A Fórmula 1 está na moda!
A história da F1, desde que começou em 1950, se confunde com a história da moda a partir daquela data. A sinergia entre a categoria, a tecnologia e a moda, é evidente. Os carros, verdadeiras obras de engenharia, são um show à parte, combinando criatividade, design, ousadia, materiais inéditos e tecnologias de ponta. Essa estética e pensamento futurista, aliada à adrenalina das corridas, à performance, à exclusividade e à sofisticação, atraem um público que busca e sabe dar valor a experiências únicas e inovadoras.
A Fórmula 1 é ao mesmo tempo moda, modelo e passarela, para fazer desfilar uma proposta contagiante.
Independente da moda a F1 é vitrine especial
A recente notícia do acordo bilionário (1 bilhão de dólares de patrocínio, valor dividido em 10 anos) entre a Fórmula 1 e o grupo LVMH (Louis Vuitton, Moëy, Hennessy), um dos maiores conglomerados de luxo do mundo, é a prova definitiva dessa nova realidade. A LVMH tem, entre as suas 75 marcas, nomes como Louis Vuitton, Moët & Chandon, Tag Heuer, Bulgari, Dior, Fendi, Givenchy, Dior, Tiffany & Co, Moët & Chandon, Veuve Clicquot, Bulgari, Free Shops, e por aí vai. Tudo somado dá um faturamento de quase 100 bilhões de dólares por ano, PIB que colocaria a LVMH em 86º lugar no mundo se fosse um país! À frente de Afeganistão, Paraguai, Uruguai e Bahrein.
Essa parceria demonstra a força da Fórmula 1 como plataforma de marketing para o que estiver na moda.
Quando fumar estava na moda os cigarros estavam lá.
Quando uma revolução desbravadora na indústria da malharia estava na moda, a Benetton estava por lá.
Quando a internacionalização de uma marca de cooperativa estava na moda, a Parmalat estava por lá.
E a lista é enorme quando falamos de aerofólios gigantes nas alturas (moda bem passageira), jogo de gamão (que os chefes de equipe usavam para passar o tempo) e a maletinha 007 (que todos carregavam para parecerem chefes de equipe)!
Heuer o maior exemplo de tenacidade
Que agora volta às pistas pelas mãos da LVMH, como TAG Heuer. Foi a pioneira e começou como Heuer apenas em 1950 como cronometragem oficial da Fórmula 1 e fornecedora de um relógio de pulso especial para Juan Manuel Fangio, juntando moda e tecnologia.
Foi substituída pela Longines, voltou como TAG Heuer (sempre pelo esforço de seu maior incentivador Jack Heuer, neto do fundador da marca), cedeu espaço para a Rolex e nessa bela disputa de tantas ultrapassagens vai estar na frente outra vez em 2025.
Falando em tenacidade
Parece que finalmente o Michael Andretti desistiu da F1 e até da própria equipe, abandonando até o posto de CEO da Andretti, Global. Segundo as suas próprias palavras: “Guiei sempre pela paixão e amor ao esporte, mas venci apenas por medo de perder. O sonho de infância do meu pai se tornou o meu destino e juntos construímos uma herança e uma empresa de família”.
Realista e até duro, mas explica bem o que passa pela cabeça dos filhos de famosos, de qualquer área de atuação.
Verstappen ameaça
Falando em declarações contundentes, não podemos deixar de lado a afirmação do Verstappen logo após dizer que estaria até mesmo pensando em se retirar se a situação não mudasse: “Podem seguir sem mim”.
FIA se mexe
A FIA, tentando arrumar a casa, anunciou dois novos colaboradores: um Gerente Geral (o espanhol Alberto Villarreal) para cuidar das finanças e uma Diretora Senior de RH, a suíça Alessandra Malham, para garantir que a FIA continue a atrair e manter talentos. O grifo é meu.
E uma nota final sobre corridas
Já na perspectiva para a F1 na semana que vem, neste final de semana a nossa torcida nas pistas vai para Felipe Nasr disputando a Petit Le Mans, 10 Horas de Road Atlanta. Muito perto de dar a ele o título de tricampeão da IMSA. Vamos acelerar juntos.
Por Ticiano Figueiredo / Foto: Divulgação