Uma das minhas frutas preferidas é a romã.
A fruta em si é muito apreciativa, mas há um fenômeno em relação a elas: embora as sementes, dentro, sejam doces e saborosas, estão separadas em pequenos gomos, divididas por uma membrana fina que, estas sim, são bem amargas.
De modo que se você morde a romã, acaba com a boca cheia de uma pasta que não tem gosto de romã, nem de coisa alguma, mas é amargo.
Se você, porém, se dá ao trabalho de ir comendo a romã gomo a gomo, então, sim, é extremamente delicioso, como a vida.
Ninguém pode morder a vida, inteira, em bloco, porque mordida assim, numa dentada só, a vida não tem gosto “de vida”, nem de romã, nem de nada. Mas é amargo, diferente da romã.
Se você corta o dedo, a ferida não cicatriza inteira, em bloco, num instante, ela cicatriza devagar, aos poucos, passo a passo. Ninguém aprende nada de “uma só vez”. É preciso aprender aos poucos, devagar, passo a passo.
Quando você se permite curtir a sua vida momento a momento, passa a entender o significado de viver e o sentido do por que de estar aqui. E pode apreciar mais a mais toda a riqueza de estar respirando, falando, vendo e sentindo toda a graça de estar neste planeta.
Mas, por falar em romã, talvez você nem aprecie esta fruta, não é? E talvez seus problemas não sejam também resolvidos como os gomos dela, um de cada vez, passo a passo. Afinal de contas, você não é obrigado a resolver todos os problemas do mundo sozinho e todas de uma vez.
Sabendo disso, acalme-se e vá resolvendo problema por problema à medida que apareçam. E dê prioridades aos reais, pois os problemas imaginários, muito provavelmente, nem aconteçam.
Viva a vida intensamente, dia a dia, passo a passo. E deixe de lado aquilo que já passou. Está somente na sua memória. Assim como escreveu Shakespeare: “as coisas não são boas, nem ruins; o pensamento é que se faz assim”. Não pense nisso!
Por Dr. José Roberto Teixeira Leite
Cirurgião Dentista e Coach em PNL
E-mail: pnljoseli@gmail.com