As “janelas” do afeto de ontem ficaram pelo caminho, um caminho no qual há um misto de alegrias e tristezas. Pelo caminho trilhado, havia zelo, carinho e muito cuidado.
Nesta janela, uma senhora se dedicava aos afazeres da casa e do trabalho. E por que não um tempinho para os olhares risonhos e as palavras trocadas em um diálogo entre café e bolachas em um fim de tarde?
Crianças brincam e sonham que o amanhã será melhor. Assim, a gratidão nasce e floresce no peito, como jardineiras sem fim, as jardineiras do amor e do aprendizado. Aprendizado este que sempre esteve atrelado ao ato de cuidar e dignificar o que há de mais divino das almas.
Hoje, esta janela não abre mais suas alegrias ou tristezas, apenas existe. As jardineiras não foram podadas e cultivadas nos momentos propícios. Assim, o cuidado e a dignificação dos seres se esvaíram. E junto com a janela, a luz se apagou.
Texto escrito por uma professora integrante da Rede Camões da Escola Estadual Zita de Godoy Camargo, sob curadoria de Rafael Cristofoletti Girro, aluno da Escola Estadual Marciano de Toledo Piza; de Isabelle Gouveia de Almeida, Maria Clara França Machado e Henrique Martins Fernandes, alunos do Colégio Eduq; de Giovanna Silva Ribeiro e Gabriela Dotta Misson, alunas da Escola Estadual Chanceler Raul Fernandes; todos pertencente à Rede Camões de jornais escolares. O texto tem caráter pedagógico.
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