Um Dérbi será sempre um Dérbi! A afirmação ganha um sentido de rivalidade centenária quando pensamos em AE Velo Clube e Rio Claro FC.
Desde que foram fundados em 1909 e 1910, respectivamente, os clubes dividem os apaixonados por Futebol da Cidade Azul que, por sua vez, optam por canalizar sua torcida e amor em parte para o Rubro-Verde em parte para o Azulão.
Visto que ambas as agremiações disputam séries diferentes, ou seja, o Time da Rua 3 a série A3 e o Time da Rua 9 a série A2, o encontro nas quatro linhas em 2019 provavelmente será na Copa Paulista de Futebol que tem início no dia 23 de junho.
Logo na primeira rodada, segundo consta da Tabela divulgada pela Federação Paulista de Futebol [FPF], o RCFC deve receber a AEVC, às 10 horas, no Estádio Dr. Augusto Schmidt Filho, o Schmidtão. Depois, no dia 26 de julho, novamente os rivais têm enfrentamento marcado, desta vez, às 20 horas, no Estádio Benito Agnelo Castellano, o Benitão.
Pensando nisso, o Diário Esportes – o Maior e Mais Plural Canal Esportivo da Terra de Ulysses Guimarães – conversou com os dois expoentes das torcidas velista e rio-clarista que dedicaram, dedicam e, certamente, para a alegria dos profissionais da comunicação que atuam no Esporte, continuarão dedicando parte de suas vidas torcendo, estudando e mantendo viva não somente a História, mas também a Paixão por seus respectivos clubes, José Luiz Pimentel e José Carlos Arnosti! A reportagem fez três perguntas aos entrevistados que, em comum, têm apenas o primeiro prenome:
1) Na Copa Paulista de 2019 haverá um Dérbi entre Rio Claro FC X AE Velo Clube logo na estreia da competição, como encara a disputa sendo torcedor?;
2) Um Dérbi na CP tem o mesmo peso de um Dérbi na série A3 ou na série A2?;
3) Desde que acompanha o seu Time do Coração em quantos Dérbis já esteve presente e qual foi o(s) mais significativo(s)?
Confira as respostas de Pimentel e Arnosti:
JOSÉ LUIZ PIMENTEL – AE VELO CLUBE
1) Todo Dérbi deve ser encarado com muita responsabilidade. Sendo os clubes da mesma cidade, as provocações certamente vão acontecer e a responsabilidade é apenas dos jogadores, não dos torcedores.
2) Sem dúvida, como disse, a responsabilidade é dos jogadores, mas as consequências de um provável mau resultado recaem também sobre os torcedores e os diretores de cada clube.
3) Acompanho os Dérbis desde 1968 e, de lá para cá, aconteceram quase 40 dos quais, acredito, ter assistido a maioria. Agora, com relação aos resultados marcantes recordo alguns: o de 6 de outubro de 1968, RCFC 1X2 AEVC, com gol de Walter Gama, aos 44 minutos do segundo tempo, lá na Aguinha, onde atualmente é o Espaço Livre; depois, o de 30 de março de 1980, RCFC 0X4 AEVC, com uma atuação impecável de Luiz Carlos Bezerra, no Estádio Schmidtão; e, por fim, o de 30 de março de 1983, AEVC 11X2 RCFC, no Estádio Benitão.
JOSÉ CARLOS ARNOSTI – RIO CLARO FC
1) Como torcedor do Rio Claro FC desde 1956, quando contava 10 anos de idade, e, atualmente, também como Conselheiro, assisti a dezenas de Dérbis e os encaro como a Expressão Máxima do Futebol Rio-Clarense.
2) Independente de o Rio Claro FC estar na série A2 e de a AE Velo Clube na série A3, não tira o significado do Dérbi, pois rivalidade é rivalidade mesmo quando em séries diferentes.
3) Dois Dérbis merecem destaque de minha parte: o de 18 de junho de 1967, RCFC 1X0 AEVC, com gol de Belanzinho no Antigo Estádio Municipal, hoje Espaço Livre/Centro; e o do dia 29 de setembro de 2002, AEVC 2X3 RCFC.
Lembrando que, com referência à estatística, a nossa difere da deles, pois cita todos os Dérbis, sejam oficiais ou amistosos, e, portanto, quando lembram que perdemos por 11X2, trazemos à tona que também tomaram goleada de 15X1, porém da A Ferroviária E, em 1955, no Estádio Fonte Luminosa, em partida válida pela Segunda Divisão.