A tradição local não oferece visibilidade à memória nipo-brasileira de Rio Claro.
Cronistas e historiadores deixaram de registrar as causas e consequências da imigração japonesa. Os tradicionais almanaques de apologia às realizações de rio-clarenses ilustres não incluem personalidades nipônicas. Iniciativas nesse sentido ficaram reservadas a particulares, a instituições do próprio segmento ou à produção circunscritas ao setor acadêmico.
Iniciativas públicas, algumas em parceria coma iniciativa privada, deram início à superação de tal lacuna. A presença japonesa no município veio a ser homenageada com a instalação do portal conhecido como Tori, na Praça Seicho-No-Ie, em frente ao Centro Cultural, por iniciativa do vereador Chouti Kiyan em 1985.
Com igual objetivo e por iniciativa do vereador Octávio José Chiossi, em 1996, a antiga estrada de Batovi recebeu a denominação de “Saburo Akamine”. A memória do homenageado foi destacada, em 2001, no livro do jornalista Silvio de Souza produzido por familiares.
O lançamento da publicação foi marcado por uma semana de eventos no Museu Histórico e Pedagógico “Amador Bueno da Veiga”, Centro Cultural e demais espaços. A memorável programação, com curadoria de José Sebastião Maria de Souza , trouxe exposições, mostras culturais e palestras com apoio de instituições públicas e privadas do Brasil e do Japão. Foi um momento único até hoje.
Por iniciativa do vereador José Carlos Leonhardt a praça na confluência da Avenida 40 com as ruas 9 e 10 recebeu o nome de “Seikiti Uechi” em 2000. Filho de imigrantes, Seikiti Uechi (1926/1999) trabalhou com a família em fazendas de café e veio para Rio Claro em 1955. Com o irmão Seiti, comprou o Bar Jardineira, que, depois de 1962, passou a ter no me de Bar Ueti.
Atenta ao potencial da relação entre Brasil e Japão, a família Tamaru, desde os anos 1970, desenvolve a partir de Rio Claro programa de intercâmbio entre uma escola local, mais uma de São Paulo e outra escola do Japão. Após um período de refluxo, a atividade passa a ser tomada agora para uma nova fase de relações internacionais.
Ao longo desse tempo, Rio Claro passou a contar com instituições características como a Associação Cultural e Beneficente Nipo-Brasileira; a Fundação Mokiti Okada, atuante no município desde 1971 nos setores de cultura, educação, assistência social e meio ambiente. No período, a cidade passou a contar com unidades de Igreja Messiânica e de Seicho-No-Ie.
O pioneiro
Foi por iniciativa de Yoshiji Tamaru (1905/1990) que, em 1973, Rio Claro passou a participar de intercâmbio cultural entre Brasil e Japão no programa conhecido como “Cidades Irmãs”.
O intercâmbio desenvolve atividades pedagógicas entre a escola “Carolina Augusta Seraphim”, de Rio Claro, e a escola “Obitsu” da cidade japonesa de Kimitsu, além da escola “Shohaku Gakuen”, de São Paulo, hoje Colégio Oshiman.
Até o início dos anos 1990, o programa promoveu quinze viagens entre os dois países de alunos e representantes das chamadas “Escolas Irmãs”. Após o falecimento de Tamaru, seguiu-se um período de esvaziamento, aqui em Rio Claro, mas com a escola de São Paulo, por ser de língua japonesa, este intercâmbio continua até os dias de hoje.
Os encontros pelo intercâmbio eram marcados por solenidades com participação de autoridades municipais dos dois países, trocas de presentes e de correspondências. A escola da cidade de Kimitsu mantém preservados os presentes recebidos de Rio Claro desde os anos de 1970.

Diário do Rio Claro – 15 de março de 1942
No próximo dia 28 Rio Claro recebe comitiva formada pelo vice-prefeito e vereadores da cidade de Kimitsu. Para os japoneses o intercâmbio cultural é de suma importância. Sempre que vêm ao Brasil, fazem questão de visitar a cidade em agradecimento ao pioneiro Tamaru.
A última visita aconteceu em 2013.
Os visitantes deverão participar de solenidades na escola “Carolina Augusta Seraphin”, antiga “Escola Indaiá” e no Paço Municipal, além de cumprir roteiro de um dia pela cidade. No cemitério São João Batista haverá celebração em memória do senhor Tamaru.
O criador do programa, Yoshiji Tamaru, recebeu várias condecorações ao longo de sua vida por méritos como cidadão japonês e brasileiro e pelos significados do intercâmbio promovido. Entre outras, recebeu homenagem do Exército Imperial do Japão, da prefeitura de Kimitsu, sua cidade de nascimento, do governo do Estado de São Paulo, Rotary Clube de Rio Claro e a Medalha dos 80 anos da Imigração Japonesa ao Brasil, em 1988.
Perfil
Nascido no Japão em 1905, Yoshiji chegou ao Brasil no final dos anos 1920. Depois de morar em São Carlos, radicou-se em Rio Claro, onde se dedicou ao comércio e à produção de hortifrutis.
Ele sempre foi um homem à frente do seu tempo e grande idealizador. Foi um soldado do exército japonês e pelos contatos políticos mantidos no Japão é que foi possível realizar tal intercâmbio. Faleceu em 1991, deixando nove filhos.
Sua filha, Aparecida Shizue Uehara, casada com Walter Uehara, foi a primeira rio-clarense a integrar o Rotary Clube de Rio Claro, em 1998 e primeira presidente mulher do clube, em 2006.
Familiares de Tamaru mantêm arquivos pessoais com históricos locais e nacionais sobre a imigração.
Na história
A tradição registra o início da presença japonesa no Brasil a contar da chegada dos primeiros 781 imigrantes ao porto de Santos no navio Kasato Maru em 1908. Outros tantos viriam ao longo de cinco gerações. Oficialmente programas imigratórios foram desenvolvidos até os anos 1970. Hoje seus descendentes são mais de 1,5 milhões com maior concentração em São Paulo e Paraná.
Considerado um dos povos mais cultos de todos os tempos e de refinada cultura desde quando os europeus ainda viviam na barbárie, os japoneses vieram a se tornar no Brasil uma referência ética pela valorização da família, do trabalho, hierarquia, educação e arte.
A imigração começou de forma rural e passou a urbana com a industrialização do país nos anos 1930 e êxodo rural dos anos 1960. Em Rio Claro eles começaram a chegar na fase urbana.
Hoje o Brasil é o país com maior concentração de japoneses fora do Japão. São Paulo é a cidade com maior número de descendentes, que passa de 500 mil. Em Rio Claro eles podem ser estimados em mais de dois mil com base em projeção a partir do censo de 2010 do IBGE. As novas gerações nipônicas no país destacam-se na indústria, comércio, educação, ciência, tecnologia, além de serem referências em arte e religião.
Panorama
As primeiras levas imigratórias de japoneses atendiam a necessidade dos fazendeiros paulistas do café por mão de obra. A produção cafeeira vivia uma crise. A Itália havia suspendido a imigração para o Brasil. Buscava-se alternativa, mas de maneira geral, no restante do país havia dúvida e mesmo resistência quanto à inclusão da cultural oriental. Havia o medo de uma invasão depois de o Japão ganhar uma guerra contra a Rússia e, depois, invadir a China, nos anos 1930.
A história dos imigrantes nipônicos não é marcada apenas pelo trabalho e conquistas social e econômica, mas também pela discriminação. Muitos foram os contratempos com perseguições sofridas, especialmente entre os anos 1930 e 1940, período de exacerbado nacionalismo e racismo contra imigrantes. Algo do que se pode conferir na sequência.
A chegada
Apesar dos primeiros ensaios entre Brasil e Japão, no Império a imigração foi descartada. A cultura japonesa era considerada “insolúvel” e o Brasil já tinha fama de maus tratos a imigrantes. Apesar do impasse, os fazendeiros paulistas investiram na mão de obra nipônica. Além de mão de obra, os fazendeiros queriam vender café na Ásia. Por sua vez, o Japão enfrentava problemas de excesso populacional e falta de alimentos.
A iniciativa do governo paulista de Jorge Tibiriçá tinha à frente o secretário da Agricultura Carlos Botelho. Ele era filho do Conde do Pinhal – o líder político de São Carlos que fundou a Companhia Rio Claro de Estradas de Ferro – e de Ana Carolina, filha do Visconde de Rio Claro. Por haver promovido a imigração asiática, Carlos recebeu homenagens póstumas do governo japonês no centenário da imigração, em 2008. Ele foi também fundador da Escola de Agricultura de Piracicaba, cidade onde nasceu.

Kasatu Maru-Navio dos primeiros imigrantes.
O advogado, historiador e deputado Alfredo Ellis Junior, por sua vez, foi um dos que defenderam a imigração asiática, já nos anos 1920 e 1930. Ele era neto de Cunha Bueno e filho do senador Alfredo Ellis, ambos proprietários da célebre fazenda Santa Eudóxia, entre Itirapina e São Carlos. Líder político republicano em Rio Claro, seu pai recebeu homenagem local com o busto instalado no Jardim Público.

Imigrantes no trabalho rural.
Os primeiros 781 imigrantes japoneses chegaram ao porto de Santos em 1908 e foram encaminhados à região de Ribeirão Preto para as fazendas Dumont (do pai de Santos Dumont) Guatapará, Café São Paulo e São Martinho. As próximas levas seguiriam para as cidades de Registro, Iguape e outras do Vale do Ribeira. Depois, ao Paraná.

Fazenda de café.
A experiência inicial foi um fracasso. No primeiro ano, perto de 75% dos japoneses abandonaram as fazendas por maus tratos, precárias condições de trabalho, má alimentação e tratamento escravo. Nenhuma novidade. O mesmo já havia acontecido com alemães e suíços na região de Rio Claro e Cordeirópolis durante o Império. Os japoneses promoveram sucessivas revoltas, greves, fugas noturnas e rescisões de contrato. Casos famosos foram registrados na fazenda Dumont, do pai de Santos Dumont e na fazenda São Martinho, a partir do que se passou a discriminar japoneses.

Mulher em fazenda de café.
Apesar dos problemas, o processo imigratório foi estimulado e promovido por empresas colonizadoras e o governo paulista. Por meio de programas migratórios muito japoneses se tornaram pequenos proprietários independentes dos fazendeiros implantando no país culturas como as da soja, arroz cateto, seda, rabanete, nabo, batata doce, inhame, chá, hortaliças e promovendo a cultura do milho em um país quase que limitado ao cardápio de feijão, farinha e carne seca.

Família japonesa.
Entre as empresas destacadas do setor estava a “Prado & Jordão”. O primeiro sobrenome era de uma das mais ricas famílias do Brasil e principal acionista da Cia Paulista, cujo um dos patriarcas, o Conselheiro Antonio Prado, tem busto no Horto Florestal. O segundo sobrenome era do rio-clarense Elias Pacheco Jordão, construtor de ferrovias e do Guarujá, filho do fazendeiro de Rio Claro José Elias, antigo presidente da Câmara Municipal e depois governador de São Paulo.
Discriminação
No contexto da época também aportavam no Brasil as ideologias raciais da Europa dos anos 1920 e 1930. Que logo influenciaram as chamadas políticas de “embranquecimento” para estancar a influência africana na cultura. Os orientais se viram vítimas de preconceitos raciais acentuados por uma política nacionalista de viés fascista e familiarizada com italianos.
Os efeitos da discriminação atingiram o auge com a II Guerra. A cultura nipo-brasileira foi proibida, bem como a alemã e a italiana, quando o Brasil entra na guerra ao lado de França, Inglaterra e Estados Unidos contra Japão, Alemanha e Itália. Japoneses eram considerados espiões. Muitos foram encaminhados a campos de concentração, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. Até hoje este detalhe é escondido na história dos dois países.
II Guerra
Exemplo de discriminação em época da guerra é encontrado na imprensa em artigo do jornalista Mario Pinto Serva para a edição de novembro de 1943 do suplemento quinzenal do jornal “O Estado de São Paulo”. A xenofobia é saliente.
Em texto comemorativo ao centenário de nascimento do célebre republicano Martinho Prado Junior, o jornalista resgata a campanha empreendida pelo político e fazendeiro contra a imigração de orientais já no Império.
O autor do texto elogia o que considera “clareza de visão” do fazendeiro que houvera proposto “resistência contra a admissão da raça amarela na composição de nosso tipo social”.
No artigo, assinala que Martinho Prado, em seus discursos na Assembleia Legislativa Paulista durante o Império, já havia antecipado “o perigo e os inconvenientes da admissão do tipo amarelo”, que seria incompatível com a cultura latina. Que a mistura de raças de orientais com o “tipo brasileiro” produziria “elementos etnicamente inferiores”.
Vale considerar. A citação instiga a curiosidade de se imaginar como se dariam o jornalista e o político nos tempos de hoje se ambos pudessem comparar a atual ética brasileira aos valores morais do Japão, se pudessem conferir o desenvolvimento ético, econômico e tecnológico de cada um dos países. Avaliar a importância de cada um dos países no mundo. E depois concluir sobre a alegada superioridade ou inferioridade de um e outro.
Outro considerando. Se a comparação entre os dois países começasse pela qualidade de ensino, caberia notar que no atual Japão o divinizado Imperador se curva simbolicamente em sinal reverência quando é apresentado a qualquer simples professor por considerar a educação um dos bens supremos da humanidade. Enquanto no Brasil alunos espancam professores nas salas de aula.
Quanto ao alerta de Marinho para que não se contratasse orientais para explorá-los nas fazendas na virada do século, conforme alega o jornalista, o redator vai em frente.
Ele enaltece o fazendeiro pelo alerta feito e por assim haver poupado o Brasil de contratempos causados por japoneses. Ao mesmo tempo, lamenta que, por não levarem em conta o alerta feito, os fazendeiros paulistas enfrentavam problemas com o “braço nipônico, que tantos aborrecimentos já nos causou e tantos perigos nos poderá acarretar”.
Seja como for, as próprias fazendas de familiares e associados de Prado na região de Ribeirão Preto acabaram recebendo levas de japoneses. Mas depois da morte do patriarca. Ele morreu em 1906. A imigração começou em 1908. Os problemas a que o jornalista se refere talvez tenham relação com os desentendimentos entre japoneses e fazendeiros na primeira fase imigratória. No caso, ele os estaria retomando em 1943 para justificar a discriminação durante a guerra. Cabe melhor análise.

Saburo Akamine
Martinho Prado Junior foi fundador do lendário PRP em 1870, abolicionista e defensor da imigração italiana. Segundo seus biógrafos, escrevia para jornais de Rio Claro e de São Paulo. Era irmão do célebre Conselheiro Prado, presidente da Cia Paulista, que tem seu busto no Horto Florestal de Rio Claro. O Conselheiro participou da famosa comitiva que visitou Rio Claro em 1886 junto com D. Pedro II. Martinho manteve fazendas em Araras, São Simão e Ribeirão Preto, entre elas, a mais famosa foi Guatapará.
Ainda sobre a II Guerra. Carlos Pompe relata, com base em livro de Fernando Moraes, que a Assembleia Nacional votou projeto para incluir na Constituição de 1947 artigo proibindo a entrada de imigrantes japoneses no Brasil. Polêmico debate seguiu-se.
A votação terminou em empate. Liderada por Luiz Carlos Prestes, a bancada de quatorze deputados do Partido Comunista votou contra imigração. O assunto foi decidido a favor dos imigrantes pelo voto de minerva do presidente da Constituinte, Melo Viana.
Atualidades
Com o fim da ditadura nacionalista de Vargas e com a redemocratização após-guerra, as primeiras lideranças políticas nipo-brasileiras assumiram cargos eletivos. Inicialmente representantes da cultura japonesa, nas décadas seguintes, aquelas lideranças ampliaram a representação para interesses gerais da sociedade num processo de integração sem perda de identidade.
Em Rio Claro a participação política da descendência nipônica começou a se dar com o fim do regime militar, sobretudo a partir de 1985.
Personalidades

Mitiko Matsushita Nevoeiro
Rio Claro foi uma das cidades pioneiras do Brasil ao ter uma descendente nipo-brasileira como Primeira Dama do Município na pessoa de Mitiko Matsushita Nevoeiro entre 1978 e 1982 e nos anos 1993 e 1994.

Chouti Kiyan
O primeiro a ser eleito vereador foi o biólogo da UNESP Choiti Kiyan, na legislatura 1983/1988. Por sua iniciativa o município instalou o portal chamado Tori, símbolo da cultura japonesa, na Praça Seicho-No-Ie, junto à rotatória em frente ao Centro Cultural. A foto do vereador não consta da galeria exposta na Câmara Municipal.

Patrícia Sassaki
Patrícia Jean Sassaki, na legislatura 1993/1988, marcou dupla conquista histórica, tanto como descendente de japoneses quanto mulher, ao ser eleita presidente da Câmara Municipal para a Mesa Diretora de 1993/1994.

Adriana Haidê Assari Nevoeiro
Adriana Haidê Assari Nevoeiro foi a primeira descendente a exercer o cargo de delegada da Polícia Civil e, na sequência, assumir como titular da Delegacia da Mulher no município entre 1994 e 2001.

ThiagoYamamoto
Na atual legislatura da Câmara Municipal de Rio Claro o vereador Thiago Yamamoto, popularmente conhecido como Thiago Japonês, é representante da integração cultural e política da descendência sem perda de identidade nipônica.
No país
Yukishigue Tamura foi o primeiro nipo-brasileiro a assumir cargo eletivo no Brasil. Ele foi eleito vereador de São Paulo em 1947. Foi o primeiro deputado estadual e também o primeiro deputado federal descendente de japoneses no mundo. Nas décadas seguintes, representantes nipo-brasileiros assumiram cargos eletivos em diversos estados.
Em São Paulo, outros 21 nipo-brasileiros foram eleitos deputados. A produção dos 22 deputados na Assembleia reflete estreitas vinculações entre os parlamentares e a colônia. A partir dos anos 1980, alguns parlamentares descendentes passaram a ser eleitos com votos que não eram majoritariamente da comunidade japonesa, destacando o processo de integração cultural e política sem perda de identidade.

Tori na Praça Seicho-No-Ie – Centro Cultural – Foto Arquivo
A participação parlamentar do segmento na Assembleia Legislativa de São Paulo contribuiu para intercâmbios, ampliação de investimentos japoneses no Brasil e criação de empresas e indústrias, entre elas a Usiminas, o maior complexo siderúrgico de aços da América Latina e um dos vinte maiores do mundo.
Em 2010, Jorge Yanai tornou-se o primeiro a assumir o cargo de senador, pelo estado de Mato Grosso.
Em Brasília a primeira presença de um descendente foi de Fábio Riodi Yassuda, em 1969, ministro da Indústria e Comércio no governo Médici.
Na década de 1970, Shigeaki Ueki foi ministro de Minas e Energia no governo Geisel. Seigo Tsuzuki foi ministro da Saúde no governo Sarney. Durante o governo Lula assumiu a secretaria de Comunicação Luiz Gushiken.

Walter e Aparecida Uehara
Na Igreja Católica, em 2011, Bento XVI nomeou Júlio Endi Akamine bispo-auxiliar da Arquidiocese de São Paulo. Akamine tornou-se o primeiro nipo-brasileiro a alcançar a posição de bispo do Brasil.
Educação
De acordo com pesquisa pela USP e da UNESP, os nipo-brasileiros, que são 1,2% da população da cidade de São Paulo, representam 4% nos inscritos no vestibular e cerca de 15% nos aprovados.
Nas carreiras mais concorridas, como Medicina e Engenharia, eles chegam a representar, em média, 15% e 20% dos estudantes matriculados, respectivamente.
Segundo dados do IBGE, 28% dos nipo-brasileiros possuem o ensino superior completo, enquanto a média nacional está em aproximadamente 8%. O bom desempenho desses estudantes deve-se ao fato de os japoneses carregarem valores como a disciplina, o respeito à hierarquia, o esforço e a dedicação, além do sentimento de que a melhor maneira de ascender economicamente é por meio da educação.
Por Jr. Sant’Ana