Com o objetivo de alertar a sociedade sobre situações recorrentes de violência doméstica, o dia 25 de novembro foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) como o Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra a Mulher.
No primeiro semestre deste ano, 82 mulheres foram vítimas de feminicídio no estado de São Paulo, número bem maior que em 2018. No mesmo período do ano passado, foram 57 casos, um aumento de 44%, de acordo com levantamento feito pelo G1 e pela GloboNews.
Dados do Ministério da Família apontam que a cada 15 minutos são realizadas sete denúncias de violência contra a mulher no país. Ainda, de janeiro a setembro deste ano, houve um aumento de 25% no número de denúncias pelo Disque 180, Central de Atendimento à Mulher em Situação de Violência, no comparativo ao mesmo período do ano 2018. Em 2013, foram 154 ligações de janeiro a dezembro, enquanto que, de janeiro a setembro de 2019, foram 1.486.
Levando em conta os índices alarmantes, a Organização Humanitária Internacional Aldeias Infantis SOS Brasil, líder em cuidado infantil e que apoia famílias no Brasil há mais de 50 anos, atua à frente no combate para que as mulheres saibam identificar, se proteger e denunciar.
FAMÍLIAS
Eliane de Jesus Pinto, psicóloga da Aldeias Infantis SOS Brasil, Organização Humanitária Internacional que atende crianças em Rio Claro, explica que o trato da mãe com o filho pode sofrer alterações em contextos de violência. “O abandono afetivo é comum de acontecer, uma vez que o parceiro agressor comete a violência psicológica, induzindo a vítima a negligenciar cuidados ao filho. Com isso, se torna frequente a omissão da mãe na criação e na educação, além da falta de assistência moral, psíquica e social”.
Considerando essa problemática, a ONG atua à frente no combate para que as mulheres saibam identificar, se proteger e denunciar, desenvolvendo rodas de conversa, ações para o fortalecimento de vínculos, capacitação profissional para a independência financeira e encaminhamento para os órgãos responsáveis, buscando garantir a reestruturação e desenvolvimento das vítimas.
Em pouco mais de três anos, 85% das mulheres participantes conseguiram sair da situação de violência e 75% dos homens afirmaram que melhoraram suas relações com a família. Por meio das ações, 70% das mulheres e 30% dos homens ainda voltaram a estudar.
EVENTO
A Associação Jurídico Espírita do Estado de São Paulo (AJE) promove neste sábado (23) uma Roda de Conversa que abordará o tema: Violência Doméstica, realidade social, prevenção e a contribuição espírita. O evento terá a participação de Claudia Mezzarano Faria, psicóloga do Ministério Público de São Paulo, e de Maria Essado, defensora pública de São Paulo.
A Roda de Conversa da AJE acontecerá na Associação de Estudos Espíritas Emmanuel, localizada no bairro Santa Eliza, à Rua 27, nº 176, entre as avenidas 38 e 40, no horário das 15 às 18 horas. A entrada é franca e todos estão convidados a participar. Mais informações com Rosângela Nogueira, presidente da Associação de Estudos Espíritas Emmanuel, pelo: (19) 9.9721-0978.