Eleito para seu primeiro mandato, Alessandro Almeida (Podemos) foi o segundo vereador com o maior número de votos no município nas últimas eleições, trazendo como bandeira a causa animal. “Temos uma bandeira forte que é a causa animal, claro que não fechamos os olhos para outras coisas, isso não impede que a gente lute por outras causas”, acrescentou o vereador que esteve visitando o Diário do Rio Claro.
Como prova da atenção aos problemas da cidade, Alessandro conta que desenvolveu um aplicativo no qual a população pode tirar fotos e/ou registrar problemas encontrados no município e encaminhar diretamente ao vereador. “Sou o único parlamentar que tem um aplicativo voltado para a zeladoria da cidade. Recebemos fotos e reclamações dos mais diversos bairros, são pedidos por iluminação, por asfalto, poda de mato e outras melhorias. Esses pedidos são encaminhados ao Executivo e a resposta que tivermos, encaminhamos ao munícipe na íntegra”, esclareceu.
Sobre sua atuação em prol dos animais, Alessandro – também conhecido como Macaco Roxo – vem trabalhando por uma central de combate aos maus tratos. “Logo no início do ano conseguimos uma integração entre a Guarda Municipal, o DPA (Departamento de Proteção Animal), para a implantação da Patrulha Animal. Hoje temos um resultado interessante, ainda não o esperado, pois muito depende do Código de Proteção Animal”, afirmou.
Aprovado em 2019, o Código de Proteção Animal aguardava por uma regulamentação. “Brigamos para aprovar a regulamentação, que saiu há 30 dias, criando o Fundo de Proteção Animal. Com isso, toda a multa em decorrência do código cairá no Fundo, que será utilizado para investir do DPA e na Patrulha.” De acordo com o vereador, a ideia é fortalecer o Código, por isso, vem realizando reunião com os demais vereadores para que todas as leis que tratam de alguma forma dos animais, sejam inclusas no código. “Assim essas leis não ficam soltas, fica mais organizado, por exemplo, para a Patrulha poder aplicar uma multa, uma sanção. Estamos para lançar no início de setembro um informativo da lei, do que fazer, onde denunciar e começar a fomentar isso, que deve ser um divisor de águas.”
Como próximo objetivo, Alessandro elenca o cadastro municipal, a partir da microchipagem de todos animais, o que deve diminuir muito o número de abandono e de animais perdidos. “Um grande sonho é a UBS animal, que é da competência do Executivo, mas estamos trabalhando politicamente com deputados para tentar viabilizar e realizar esse projeto, que tem por objetivo oferecer atendimento gratuito para pessoas carentes, que não têm condições de levar a um veterinário. Também estamos em conversa com o secretário de Agricultura, para a instalação de um Pet Park no Lago Azul”, ressaltou o vereador, lembrando que em muitas ações colabora na busca por apoiadores da iniciativa privada para realizar os projetos.
REQUERIMENTOS
Dentre os requerimentos apresentados, o vereador destaca a solicitação para os cuidados com os animais da Escola Agrícola, a reabertura da via de acesso ao Horto Florestal e a castração de animais. “Os demais vereadores também abraçaram a causa da Escola Agrícola e a secretaria de Educação vai assumir os custos com a alimentação dos animais. Sobre a castração, na administração passada eram castrados 500 animais por mês, mas caiu 40%, chegamos a ser referência em castração, mas hoje não acontece e não sabemos o porquê. Outra briga é sobre o acesso à Floresta Estadual, pois entendemos que a avenida Nossa Senhora da Saúde é pública, mas o gestor da Feena está obstruindo. Não vemos critérios sanitários para isso, não vi ninguém interditar uma via por causa da pandemia e os ciclistas utilizam muito a Avenida.”
PROJETO
Projeto de autoria do vereador e que deve dar entrada nas próximas sessões, acrescenta redação à lei orgânica em que acrescenta o programa de bem-estar animal nas escolas. “Com essa lei damos um passo gigantesco, pois sabemos que todo problema hoje é uma questão cultural, por isso educar as crianças desde cedo para cuidar dos animais. Com isso vamos caminhar em duas frentes, a educação com esse projeto de lei e a sanção a partir do Código, para combater irregularidades. Vai funcionar como hoje funciona a educação no trânsito, as crianças tem o programa na escola e, quando adultas, recebem a punição do Código de Trânsito”, explicou, lembrando que antes de colocar a lei para votação, ouviu os setores envolvidos.
“Todas as leis que influenciam diretamente no Executivo eu tenho o cuidado de conversar com a pessoa ou setor envolvido, quem está ali na linha de frente, para saber a viabilidade, ver o que facilita o serviço. Não adianta um monte de lei sem aplicabilidade, não adianta pegar leis de outros municípios e tentar aplicar aqui, precisamos atender as necessidades da nossa cidade”, concluiu.
Por Vivian Guilherme / Foto: Diário do Rio Claro