IBGE precisará recompor orçamento do Censo 2022 por causa da inflação
O diretor de Pesquisas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Cimar Azeredo, afirmou ontem (27) que o orçamento do Censo 2022 terá que passar por recomposição. De acordo com Azeredo, o avanço da inflação provocou impacto em insumos e equipamentos que são usados na realização das entrevistas. Em 2019, o custo da pesquisa nacional foi estimado em R$ 2,3 bilhões. Depois disso, os valores sofreram reajustes consideráveis.
Conforme adiantou, o IBGE já sabe que, entre os gastos que vão extrapolar os valores definidos atualmente, estão o preço da gasolina e dos aluguéis de automóveis e aeronaves, necessários para o trabalho de campo. Azevedo citou o alto consumo de gasolina, o aluguel de carros e aeronaves, usadas sobretudo para sobrevoar áreas da Região Norte, que tiveram aumentos muito expressivos.
“São coisas que, umas a gente vai conseguir contornar e outras, não. E aí, não contornando, a gente vai ter que tentar recompor isso”, afirmou Azevedo no primeiro dia do Seminário do Censo 2022 para Jornalistas, realizado pelo IBGE.
Confiança da construção cresce 1,2 ponto em junho
O Índice de Confiança da Construção (ICST), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), teve alta de 1,2 ponto de maio para junho deste ano. O crescimento veio depois de uma queda de 1,4 ponto, na passagem de abril para maio. Com isso, o indicador chegou a 97,5 pontos, em uma escala de 0 a 200 pontos.
Os dois subíndices que compõem o ICST tiveram alta. O Índice da Situação Atual, que mede a confiança do empresário da construção no presente, subiu 1,4 ponto e chegou a 93,9 pontos.
Já o Índice de Expectativas, que mede a confiança do empresariado da construção no futuro, aumentou 0,9 ponto e atingiu 101,2 pontos. O Nível de Utilização da Capacidade (Nuci) da Construção subiu 1,1 ponto percentual e chegou a 77,1%.
Presidente do BC diz que o pior da inflação já passou
O presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, disse ontem (27) que “o pior momento da inflação já passou”, e que, graças ao histórico de convívio que o Brasil teve com altos índices inflacionários, a autoridade monetária brasileira conseguiu “sair na frente”, adotando ferramentas capazes de frear o processo inflacionário.
As afirmações foram feitas durante o painel Erosão da Ordem Pública Internacional e o Futuro, no Décimo Fórum Jurídico de Lisboa, na capital portuguesa. Durante o discurso, Neto lembrou que o Brasil “é um dos poucos países que no meio desse processo está tendo revisões para cima” do Produto Interno Bruto (PIB).
“Inclusive a nossa última revisão no BC aumentou [a previsão de crescimento do PIB] de 1,5% para 1,7% [em 2022]. Provavelmente teremos PIB forte no segundo trimestre. Obviamente, em algum momento, tudo que estamos fazendo vai gerar alguma desaceleração no segundo semestre. Mas ainda assim o crescimento é bastante melhor do que se esperava no início do ciclo de ação”, disse Campos Neto.
Sanções econômicas levam Rússia a dar calote histórico
A Rússia deu calote em seus títulos soberanos estrangeiros pela primeira vez em mais de um século, disse ontem (27) a Casa Branca, uma vez que as sanções abrangentes efetivamente excluíram o país do sistema financeiro global e tornaram seus ativos intocáveis.
O Kremlin, que tem o dinheiro para fazer os pagamentos graças às receitas de petróleo e gás, rapidamente rejeitou as afirmações, e acusou o Ocidente de conduzir o país a um default (calote) artificial.
Mais cedo, alguns detentores de títulos disseram que não haviam recebido juros vencidos nesta segunda-feira após o fim de um prazo importante de pagamento um dia antes.
A Rússia tem lutado para cumprir os pagamentos de US$ 40 bilhões em títulos desde a invasão da Ucrânia, em 24 de fevereiro.
“A notícia desta manhã sobre a descoberta da inadimplência da Rússia, pela primeira vez em mais de um século, situa a força das ações que os EUA, juntamente com aliados e parceiros, tomaram; bem como o impacto na economia russa”, disse uma a autoridade dos EUA às margens da cúpula do G7 realizada na Alemanha.