“Preciso de uma roupa nova e de uma bolsa”. A frase poderia vir de qualquer mulher adulta, mas saiu da boca de uma mini diva: Laura Cardoso Cegatti, de apenas seis anos.
E essa paixão pelos looks começou muito cedo, entre dois e três anos de idade, como conta a avó Sônia Cardoso. “Ela sempre gostou de ganhar roupas, adora ir às lojas, ver as coleções e novidades”, diz.
E quando se produz, logo dispara. “Olha meu lookinho de hoje, arrasei”. A roupa só ajuda a evidenciar mais a beleza da pequena que, segundo a avó, gosta, e muito, dos brinquedos, tem as bonecas preferidas, porém, nunca ficou triste ao abrir os presentes e se deparar com alguma peça de vestuário.
E na casa da psicóloga Vanessa Campos, não é diferente. Ela já se deparou com várias situações com a filha Luiza Campos, de apenas três anos. “No Natal do ano passado, os tios chegaram com uma boneca. Assim que abriu o pacote, perguntou na linguagem dela: “cadê o sapato, cadê o vestido?”. O pedido foi atendido e depois os tios acabaram comprando um sapato também”, relata a mãe da pequena.
A psicóloga diz que a preferência é por roupas e sapatos. Luiza, é claro, gosta de ganhar brinquedos, mas têm que vir acompanhados com algo a mais, ou seja, alguma roupa.
Pesquisas apontam que mesmo durante o período mais crítico de crise nacional, o mercado infantil teve bons resultados. Em 2016, por exemplo, fase considerada complicada para a economia, o setor de moda infantil, entre roupas, calçados e acessórios infanto-juvenis, teve crescimento de 6%, segundo dados da Associação Brasileira do Vestuário – Abravest.
Os levantamentos demonstram que o motivo das vendas de produtos infantis não é só pelo fator de crescerem e perderam as peças rápido demais, e sim porque os pequenos estão cada vez mais participativos.