Em busca de uma vida digna longe das garras do governo de Nicolás Maduro, cada vez mais venezuelanos deixam a sua Terra Natal.
A República Bolivariana da Venezuela, que figura entre as maiores reservas de petróleo do Globo, entrou em colapso depois de quase duas décadas de corrupção e de má administração do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), fato que, conforme consta dos noticiários da imprensa mundial, eliminou a maior parte da produção do país e, por consequência, estimulou a hiperinflação, a escassez generalizada e os crimes cada vez mais violentos!
Para fugir das mazelas motivadas pelo governo Nicolás Maduro, os venezuelanos têm deixado sua terra natal em busca de melhores condições de vida, causando, assim, um Êxodo Nacional para os países vizinhos, entre os quais, o Brasil.
De acordo com informações divulgadas recentemente pela Polícia Federal no Estado de Roraima, a quantidade de refugiados subiu de 40 em 2015 para 22 mil em 2017!
Para saber um pouco mais do que acontece na Venezuela, o Diário do Rio Claro ouviu um migrante que expôs o que vivenciou até o momento em que decidiu partir em busca de novos horizontes.
Vivendo em Rio Claro há pouco mais de um ano, Oswaldo Garcia Munoz classifica a cidade como uma benção na vida de sua família. Desde que deixou a Venezuela em 2015, o Engenheiro Civil, de 33 anos, passou por alguns países da América do Sul e inúmeras cidades brasileiras, porém, foi a Cidade Azul a que escolheu para dar um pouco mais de cor à sua existência prejudicada pelo Sistema Governamental de seu País.
Oswaldo é apenas mais um dos centenas de milhares de migrantes que continuam deixando a terra natal de Simon Bolivar – Líder Político que atuou de forma decisiva durante o processo de independência da América Espanhola e dono da máxima: “um povo ignorante é o instrumento cego da sua própria destruição”. No que diz respeito ao enorme êxodo que vem sucedendo nos últimos anos da República Bolivariana, o entrevistado relatou que o fato ocorre em decorrência da forma como o PSUV dirige suas ações, trabalhando com o intuito de manter a permanência no Poder.
“O comunismo não é uma ideologia, mas sim uma estratégia política”, defendeu Munoz, que revelou ter vivenciado coisas terríveis, como a morte de colegas e de crianças em decorrência da truculência e do descaso daquele governo. “Estive em alguns protestos contra o regime, o qual, aliás, posso dizer com conhecimento de causa, é uma ditadura, e vi um amigo ser morto a poucos metros de onde estava, aquele foi meu limite, então, decidi que deixaria a Venezuela”.
Era uma tarde cinza de agosto quando deixou a esposa Nataly e os filhos Manuel e Camila para sair em busca de um novo destino. “Disse à minha mulher que encontraria um porto seguro para a gente e que, logo encontrasse, os buscaria, e foi o que fiz. Hoje, estamos todos muito bem aqui, pois temos trabalho, comida, saúde, segurança e educação, coisas que, infelizmente, os venezuelanos não têm mais, porque tudo está em estado de calamidade; não há nem mesmo o básico, quando ainda estava lá, cheguei a ver pessoas brigando pelo lixo em busca de alimento”, finaliza.