A exemplo do que ocorre em todas as eleições para a Assembleia Legislativa e a Câmara dos Deputados, é grande a quantidade de candidatos lançados em Rio Claro.
Alguns têm chances reais de vitória, outros, no entanto, se apresentam apenas com a finalidade de marcar território ou verificar níveis de popularidade já focados no pleito municipal de 2020.
Sem condições de conseguir apoio de lideranças e amealhar votos fora dos limites da cidade, a maioria repisa o surrado argumento de que somente os sufrágios locais são suficientes para garantir até duas cadeiras no Parlamento Paulista e uma vaga no Congresso Nacional.
Pela matemática pura e simples, até seria possível engolir essa conta, se considerarmos que Rio Claro possui aproximadamente 144 mil eleitores cadastrados. A realidade que se verifica nas urnas, porém, fica bem longe dos devaneios de certos políticos – especialmente os de primeira viagem.
Quem tiver dúvida, basta observar algumas estatísticas de quatro anos atrás. Dados oficiais do TRE-SP revelam que Rio Claro somava, na época, 142.067 eleitores aptos a votar. Desse total, 115.288 (81,15%) compareceram às urnas, mas somente 92.517 escolheram algum candidato a deputado estadual.
Dos chamados votos nominais, o deputado estadual vencedor obteve 36.051, o equivalente a 38,97% dos sufrágios válidos. Ou seja: para chegar aos 92.775 votos que o reelegeram, precisou buscar 61% de eleitores fora daqui. Todos os outros candidatos locais somados atingiram em torno de 20% dos votos, enquanto os 41% restantes foram distribuídos entre, pelo menos, 750 nomes, muitos dos quais talvez nem consigam localizar Rio Claro no mapa de São Paulo.
A verdade é que a pulverização de votos coloca em risco a manutenção da representatividade que, a duras penas, conseguimos restabelecer na Assembleia Legislativa de São Paulo. E a importância de termos voz perante o governo de São Paulo fica evidente na realização de obras e serviços de largo alcance social como o Poupatempo, Restaurante Bom Prato, Ambulatório Médico de Especialidades (AME), Centro Dia do Idoso, Creche-Escola e tantos outros.
Por José Rosa Garcia