CORDIAL
A sessão da Câmara da última segunda-feira (1º) foi mais cordial do que nunca. Sem grandes rompantes e discussões. Parecia até uma grande reunião de comadres. Agradecimentos ao prefeito Juninho My Doctor (Democratas) e parlamentares solícitos uns com os outros deram o tom do encontro semanal legislativo.
CONCURSO
O tira Rogério Guedes (PSB) solicitou que se disponibilize um plantão de esclarecimentos sobre o concurso público, que teve prova para o cargo de Arquiteto cancelada. “Seria importante a prefeitura ou a empresa montar um site para explicar dúvidas da população”, disse. A muchacha Carol Gomes (PSDB) pediu ainda que sejam divulgados os critérios da avaliação. Poeira já está baixando e alguns vereadores ainda resistem, mas sem alarde.
FUNDO ROMA
O Fundo Roma voltou à tona com pedido do outro tira, o Seron do Proerd (Democratas), que solicitou relatório sobre o investimento feito pelo Instituto de Previdência de Rio Claro (IPRC) e que deu um prejuízo de cerca de R$ 6 milhões. Tenho que admitir que o parlamentar tem feito um importante papel de fiscalização. Mas quero reforçar que aguardo a continuidade desse esforço. Na iniciativa privada eles chamam de resultados. O funcionalismo agradece!
CONSIGLIERE
O Consigliere Pereirinha (PTB) destacou que a prefeitura está com dívida de R$ 124 milhões com o Instituto de Previdência de Rio Claro (IPRC) e que até o final do ano serão mais R$ 17 milhões a serem pagos. Para sanar o problema, Pereirinha sugeriu que Juninho My Doctor já prepare um imóvel para amortizar a dívida. Já estamos no segundo ano do mandato da gestão e os problemas só estão crescendo. E olha que nem tenho comentado da taxa de iluminação, que deixo sempre para tchurma dos cartazes (que, aliás, retornaram com disposição na última sessão. Bem-vindos de volta, tchurma!).
COMUNICAÇÃO 1
“Bom, muito bom, muito mais do que bom, é excelente!”. A frase da série Cocoricó, que meu filho Pedro adorava quando bebê, ilustra bem a fala do vereador Andreeta Baby (PTB). O parlamentar afirmou que, finalmente, a comunicação com os secretários está reestabelecida. “Os secretários estão pelo menos atendendo o telefone”, disse o petebista. É, rei, é o Júlio na gaita e a bicharada no vocal, fazendo rock rural!
COMUNICAÇÃO 2
O gentleman guy Yves Carbinatti (PPS) não tem a mesma sensação que o nobre colega Andreeta. “Estou impressionado que alguns vereadores estão dizendo que estão sendo respondidos. Deve ser uma coisa pessoal”, criticou ao afirmar que fez um requerimento em 2017 e até agora não obteve resposta. Fica a pergunta: é pessoal, My Doctor?
CENSURA
Quero deixar registrado o primeiro ato de um Brasil Novo. A decisão do ministro do Supremo, Dias Tofolli, de impedir a liberdade de imprensa ao negar o pedido para entrevistar o barbudão Lula, demonstra o caminho tortuoso que a sociedade está trilhando. Nomearei a decisão como Ato Número 1 para a derrocada da democracia, já que a imprensa sempre teve acesso a entrevistas com criminosos. Um retrocesso democrático e clara decisão política.
RETROCESSO
O Ato Número 2 é a inversão conceitual feita pelo mesmo ministro, Dias Tofolli (que foi colocado no Supremo pelo barbudão), ao relativizar o golpe de 64, chamando o ato – que matou jornalistas, estudantes e, posteriormente, fechou o Congresso Nacional – de “movimento”. Dia triste para a democracia.
CABRIOLAS
– Os militantes que me desculpem, mas prefiro ‘as’ militantes.
– Tox: O celibato só acontece durante o casamento.
– Um jornalista incomoda muita gente. Um jornalista e uma fotocopiadora incomodam muito mais.
– Sei não, só sei que foi assim!