“Acabei de ver a notícia de que o Arthur do Val entregou sua carta de renúncia”, relatou Aldo Demarchi à reportagem do Diário do Rio Claro no começo da tarde dessa quarta-feira (20). Na vida pública desde 1976, Aldo deve assumir seu sétimo mandato na Assembleia Legislativa do estado de São Paulo.
Primeiro suplente para assumir a vaga, Aldo ocupará o posto deixado pelo político Arthur do Val, envolvido em uma polêmica internacional. O deputado Parlamentar é alvo no colegiado de 21 representações pedindo a cassação de seu mandato por quebra de decoro parlamentar, após dizer frases sexistas contra mulheres refugiadas ucranianas.
“Soube que já tinham mais de 80% de assinaturas a favor da cassação do mandato, então ele optou por renunciar, com certeza, para não perder os direitos políticos”, destacou Demarchi, que acredita que deve receber a carta com a comunicação oficial nos próximos dias. “Estou aguardando a convocação oficial, o governador Rodrigo Garcia já ligou para mim e disse que assim que eu assumir quer fazer uma agenda comigo”, esclareceu.
Para Aldo, a notícia é muito positiva, porém ele pondera sobre o ocorrido. “Vou assumir, mas de uma forma que não gostaria, pois Arthur do Val maculou muito o parlamento de São Paulo. Mas estou à disposição para cumprir e atender aos pedidos de Rio Claro e região. Vou levar as reivindicações, tenho acompanhado muita coisa na nossa região que está precisando de atenção, pois falta representatividade. Vou justificar da melhor forma possível trazendo para os municípios o que for preciso”, destacou ao Diário do Rio Claro.
RENÚNCIA
O deputado Arthur do Val (sem partido) renunciou ao cargo de deputado estadual na tarde de ontem (20), após o Conselho de Ética da Assembleia Legislativa de São Paulo aprovar por unanimidade processo que poderia gerar a cassação do seu mandato.
Ele é alvo no colegiado de 21 representações pedindo a cassação por quebra de decoro parlamentar, após dizer frases sexistas contra mulheres refugiadas ucranianas. Mesmo deixando o cargo, se o processo pela cassação for aprovado, ele pode ficar inelegível por oito anos.
Por Vivian Guilherme / Foto: Diário do Rio Claro