É neste domingo (3), na Arena Allianz Parque, em São Paulo, às 16 horas, que Sociedade Esportiva Palmeiras e São Paulo Futebol Clube decidem o título do Campeonato Paulista da Série A1 de 2022. No primeiro jogo, disputado na última quarta-feira (30), no estádio Morumbi, o São Paulo FC levou a melhor e venceu por 3×1.
Para conquistar o bicampeonato na tarde de hoje, o Tricolor pode perder por até 1 gol de diferença. Ao Palmeiras, só a vitória por 3 gols de diferença lhe garante o título no tempo regulamentar. Se vencer por 2 gols de diferença, leva a decisão para a disputa de pênaltis.
O Verdão prepara o retorno do volante Danilo, ausente do primeiro jogo das finais, por motivo de contusão. Assim, o Palmeiras deve iniciar o jogo com Weverton, Marcos Rocha, Gustavo Gomez, Murilo e Piquerez; Danilo, Zé Rafael, Gustavo Scarpa e Raphael Veiga; Dudu e Rony. Técnico Abel Ferreira.
Por sua vez, o São Paulo FC segue confiante para o jogo decisivo. Uma única vez, o Tricolor perdeu um título, com a vantagem de 2 gols de diferença conquistada no primeiro jogo. Foi em 1962, quando, pela Taça Estado de São Paulo, derrotou o Corinthians no jogo de ida por 2×0 e perdeu o jogo de volta por 5×1.
A confiança no bicampeonato (que não conquista desde 1992) e 23º. título estadual é grande no São Paulo FC, não apenas pelo resultado expressivo obtido na primeira partida das finais, mas pelo bom futebol que a equipe vem jogando nas últimas partidas.
O Tricolor deve ir à campo com: Jandrei, Rafinha, Diego Costa, Léo e Wellington; Igor Gomes, Rodrigo, Pablo Maia e Alisson; Éder e Calleri. Técnico: Rogério Ceni
Supremacia Tricolor nos confrontos diretos
O histórico de confrontos entre palmeirenses e são-paulinos é conflitante. Na estatística são-paulina são 334 jogos, sendo 113 vitórias do São Paulo, 111 do Palmeiras e 110 empates. Os números tricolores apontam 436 gols marcados e 436 sofridos. Já o Verdão, aponta em sua estatística apenas 328 jogos entre os rivais, com 108 vitórias alviverdes, 107 empates e 113 derrotas. Pelos números palmeirenses, o Verdão balançou as redes tricolores em 419 ocasiões e sofrido 420 gols.
Considerando apenas o Campeonato Paulista, a vantagem também pertence ao São Paulo. São 70 triunfos do Tricolor do Morumbi, 51 empates e 58 vitórias do Alviverde Imponente. Nos jogos valendo pelo Paulistão, o São Paulo comemorou 253 gols contra o Palmeiras. E o Palmeiras vibrou com os 222 gols marcados sobre o São Paulo.
Expectativa de grande público para a final
Apesar de não poder utilizar 100% da capacidade de público, a Arena Allianz Parque deve receber um grande número de torcedores para o jogo de hoje, entre Palmeiras e São Paulo, que vale o título paulista. O clube havia anunciado na sexta-feira (1º.), a venda de mais de 26 mil ingressos. No dia 5, o Allianz recebe o show da banda norte-americana Maroon 5 e alguns procedimentos para a montagem do palco já estão sendo realizados, o que impede a utilização de alguns setores da Arena.
Federação escala árbitro experiente
A grande final do Campeonato Paulista, entre Palmeiras e São Paulo terá o experiente Rafael Claus, 42 anos, no apito. Ele terá como assistentes Danilo Ricardo Simon Manis (40 anos) e Neuza Ines Back (37 anos).
Nascido em Santa Bárbara D’Oeste, Rafael Claus já apitou a final do Paulistão nos anos de 2014, 2016, 2017, 2019 e 2020. Por 4 vezes, Claus foi escolhido como melhor árbitro do estadual, nos anos de 2011, 2016, 2019 e 2020. Ao todo, Rafael Claus já apitou 108 partidas, em uma carreira que começou em 2010. O árbitro de vídeo para a grande final será Thiago Duarte Pacheco.
Apoio dos torcedores
No dia de ontem Palmeiras e São Paulo encerraram os preparativos para a grande final, com treinamento aberto aos torcedores, em seus respectivos estádios. Agora, é preparar o guaraná e a pipoca, colar o rádio na orelha, grudar na frente da televisão e torcer bastante.
Curiosidades
O jornalista Tomaz Mazzoni, do jornal A Gazeta Esportiva, na década de 1940, apelidou o clássico entre Palmeiras e São Paulo de Choque-Rei. Por 4 vezes, são-paulinos e palmeirenses levaram mais de 110 mil torcedores ao Morumbi para assistir ao encontro entre as equipes, que no período de 1942 a 1950, ganharam 9 títulos estaduais disputados, cinco do São Paulo (1943,45,46,48 e 49) e 4 do Palmeiras (1942,1944,1947 e 1950).
Foi numa final contra o São Paulo, em 1942, que o então Palestra Itália, passou a se chamar Sociedade Esportiva Palmeiras, por causa da Segunda Guerra Mundial, e já nasceu campeão, o que fez aumentar consideravelmente a rivalidade entre os clubes. À época, o governo do presidente Getúlio Vargas, cerrou fileira junto aos Aliados e declarou guerra aos países do Eixo, do qual a Itália fazia parte e por esse motivo, o Palestra Itália se viu obrigado a mudar de nome.
Colaboração Geraldo José Costa Jr. / Foto: Divulgação