Estamos vivendo provavelmente o momento de maior transformação do mundo desde que ele existe. A mudança se dá puxada pela tecnologia, que invade todas as áreas do conhecimento. Às vezes a percepção é óbvia: smartphones, drones, blockchain, VR (virtual reality) são coisas que já fazem parte dessa invasão da tecnologia em nossas vidas.
Mas isso é apenas uma parte visível de algo que nos envolve, nos influencia de maneira profunda, e muitas vezes, sem que tenhamos a menor percepção disso. Quando ligamos para a central de atendimento de um grande banco, provavelmente estamos falando com um “bot” um robô com sistema de inteligência artificial, que responde e reage como um ser humano. E que aprende a cada interação.
Estamos vivendo uma verdadeira revolução. Ela até já tem nome. É a quarta revolução industrial. Também chamada de Industria 4.0. Cuidado. O nome engana. Dá a impressão de ser apenas uma mudança ligada às empresas industriais, processos de produção, máquinas que trabalham sozinhas, robôs, etc. É tudo isso, mas é muito mais. A tecnologia começou invadindo as indústrias, mas não parou aí. Ela já invadiu tudo.
E certamente ela está apenas começando. Especialistas dizem que entre 15 e 20 anos, o mundo como o conhecemos hoje não existirá mais. Questões centrais para a humanidade como energia, transporte, doenças, disponibilidade de alimentos sofrerão mudanças nunca vistas.
Na área de energia, por exemplo, espera-se que a dependência do combustível fóssil seja praticamente eliminada nas próximas décadas, graças às tecnologias de geração de energia limpa, renovável e abundante. E tão barata que não será cobrada. Mais que isso, o cidadão comum vai poder fornecer o excedente de energia que sua “Smart House” gera. Sonho? Não. Já é realidade hoje.
Nesta coluna vamos falar sobre tudo isso. Conceitos como inovação disruptiva, organizações exponenciais, inteligência artificial, realidade virtual, manufatura aditiva, robótica, biotecnologia, empreendedorismo e empreendedorismo social, capitalismo consciente serão aqui apresentados e debatidos, entre muitos outros. O assunto é muito rico, muito atual e muito importante.
Acredito que todos nós, num grau maior ou menor está tentando entender as transformações pelas quais estamos passando, qual o seu significado e principalmente, como irá influenciar a nossa vida, nosso trabalho e nossas relações pessoais. Nesta coluna pretendo apresentar e discutir temas ligados a isso. Sem a pretensão de buscar respostas definitivas. A intenção é muito mais instigar todos a pensar no futuro. Não é algo que possamos nos esquivar de fazer, sob pena de viver em um mundo que não entendemos.
Vivemos em um mundo em que o velho capitalismo está moribundo. E aquele velho socialismo então é um zumbi que se alimenta da ignorância e assombra os países que insistem em viver do passado. O Brasil ainda sofre com isso, e corre o risco de perder mais um bonde da história. Todos os países socialistas históricos estão mudando, cada um a sua maneira, para um novo modelo. Também vamos colocar esta questão aqui. Todos os países estão numa corrida onde o combustível é a alta tecnologia.
Mas cabe a pergunta. Uma corrida para chegar onde? Para muitos a resposta é: para chegar num mundo melhor. Um mundo sem fome e sede, sem guerras e sem doenças curáveis que matam milhões. Este é a visão do novo capitalismo: o capitalismo consciente. Uma corrente do pensamento que entende que toda instituição que busca lucro tem responsabilidade social e ambiental.
Aliás, mais que responsabilidade, um propósito. Por propósito entenda-se qualquer objetivo grande e alinhado com os grandes valores humanos. E dentro deste contexto de revolução tecnológica e inovação vamos também colocar as grandes questões humanas e éticas que são, para mim, o tema maior. Em todos os grandes centros de desenvolvimento de tecnologia de ponta, a discussão ética sobre a tecnologia é central. Um bom exemplo disso vem da Singularity University, no Vale do Silício, que tem com um dos seus princípios gerar benefícios que impactem positivamente pelo menos 1 bilhão de pessoas.
Afinal, tudo o que fazemos e desenvolvemos, em última análise, só tem realmente valor se estiver beneficiando a humanidade e o planeta em que vivemos. Assim, as questões ambientais, as relações políticas, democracia, educação e as relações humanas serão sempre um tema central nas nossas discussões.
Esta coluna não pretende ser também uma via de mão única. Estamos no mundo da interatividade. Se quiser entrar em contato para perguntar, sugerir, criticar, pedir ou simplesmente comentar qualquer coisa, envie um e-mail para inovar.hoje.e.sempre@gmail.com. Afinal de contas, um dos princípios das novas tecnologias e das novas relações do trabalho é que só se consegue desenvolver rapidamente com colaboração. Fica o meu convite. Vamos interagir e colaborar. Vamos nos preparar juntos para o futuro.
Anselmo Quinelato é empresário, diretor do CIESP em Rio Claro e membro do conselho diretor da ABIMO (Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos). Vive em Rio Claro há 45 anos.
Por Anselmo Quinelato
Li o artigo de SMART CITY no Diário do dia 9/12/18, sobre a cidade, apenas uma sugestão, a valetas, com redução do numero delas, o transito seria mais rápido, só na rua Hum , da av 29 até a 32 ou perto do Lago Azul, são 29 valetas, acho que talvez ,não exista uma cidade em qualquer lugar ,em que, às ruas por onde passa o transporte coletivo, não sejam mão única, seria um caso a estudar?