O protesto foi realizado na manhã dessa sexta-feira (18) por estudantes nas dependências da Escola Estadual Marciano de Toledo Piza, em Rio Claro. O ato aconteceu após registro de racismo na unidade que fica no bairro Cidade Nova. Alunos divulgaram nas redes sociais relatando que colegas sofreram racismo por parte de uma aluna. O fato envolveu adolescentes de 16 anos.
Conforme as publicações e denúncias de pais e alunos, uma estudante teria se dirigido a outra colega com o termo “negrinha” e dizendo “para voltar para a senzala”. O caso foi conversado entre amigas que desabafaram entre elas. A autora das ofensas, conforme destaca na publicação, declarou em uma mensagem enviada de forma particular nas redes sociais. “Eu fiz uma menina chorar por racismo. Agora, as negrinhas da sala estão revoltadas”, teria escrito.
Conforme as declarações de alunos e responsáveis, o caso foi levado para a coordenação da escola, sendo que não teriam dado a atenção necessária por parte da direção diminuindo as denúncias como “briga entre meninas”. O protesto foi realizado para cobrar providências.
Posicionamento educação
O Diário do Rio Claro questionou a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc SP) que em nota afirmou que “repudia qualquer ato de racismo dentro ou fora do ambiente escolar”. Segundo a Seduc, “assim que soube do episódio, a direção ouviu os estudantes envolvidos. Os responsáveis foram comunicados e convocados a comparecer à escola para conversas individuais de mediação. Com o ocorrido a gestão e professores da unidade elaboraram estratégias de atividades pedagógicas antirracistas voltadas para todos os alunos, que tiveram início na quinta-feira (17).”
De acordo com a secretaria, o caso foi inserido na Plataforma Conviva SP – Placon, sistema utilizado para acompanhamento de registro de ocorrências escolares na rede estadual de ensino. “A escola coloca à disposição dos estudantes a assistência do Programa Psicólogos na Educação, se autorizado por seus responsáveis.”
Por Redação DRC / Foto: Divulgação