A arte faz parte da essência do ator rio-clarense Serginho Passafaro, que já levou alegria e outras emoções para muitos expectadores. O dom do artista foi predominante para o início de sua trajetória nos palcos, visto que começou a carreira sem ter frequentado uma escola de teatro. “A arte acaba vindo dentro de você, de encenar personagens. Nunca frequentei um teatro, só quando na escola aconteciam algumas peças teatrais, na verdade. Eu aprendi em uma empresa de recreação e lazer de São Paulo que me ensinou na prática a formação de teatro, mas é fundamental ter o curso de teatro para a pessoa que é tímida, por exemplo, e poder se soltar, isso ajuda muito na vida também. A matéria de teatro deveria existir em cada escola, fazer desabrochar o talento de cada criança, o que pode ajudar muito na formação do caráter e mostrando um mundo novo a elas”, observa em entrevista concedida ao Diário do Rio Claro.
No início, cativou o público infantil que é bastante exigente. “Trabalhei em vários hotéis do Brasil e era tudo na real trabalhar com crianças, então fazíamos vários personagens, teatro, brincadeiras, de manhã até a noite, temporadas de cinco meses. Em cada mês um hotel diferente, shoppings de São Paulo, acampamentos. Tinha que entreter essas crianças.”
Na bagagem, muitas memórias de personagens que ele pode dar vida. “Em Goiás no Hotel Pousada do Rio Quente fazia o personagem da noite caça ao fantasma, tinha que pegar o tesouro. Uma história lúdica”, relembra o ator que se apaixonou pela arte de interpretar assistindo um dos maiores ícones. “Vendo os filmes do Chaplin, era um artista único, mesmo no cinema mudo, passava alegria, tristeza, toda emoção e fazia seus personagens como diretor, ator, figurinista, planejava até os cenários, enfim, completo”, salienta.
Um vídeo realizado pelo diretor Carlos Luna retrata um pouco da trajetória do ator. “Foi uma alegria para mim. Só gratidão”, agradece Passafaro que completa com sua satisfação de fazer parte deste universo mágico. “Quando a gente vê a felicidade e a reação das pessoas, elas rirem por toda emoção que o personagem passa para o público. Isso não tem preço”, frisa.
Por Janaina Moro / Foto: Divulgação