Na próxima segunda-feira (7), a Floresta Estadual Edmundo Navarro (Feena), por meio da Fundação Florestal, iniciará a execução do manejo de cerca de 1.200 de árvores do seu interior. A ação, que já estava prevista no Plano de Manejo da Floresta, tem por objetivo retirar árvores que estão mortas e/ou risco de queda, evitando que danifiquem a saúde geral das outras plantas, além de garantir a segurança do visitante, uma vez que grande parte está ao longo de trilhas percorridas.
A Feena, criada em 1909, foi residência de Edmundo Navarro de Andrade, que fez no local um centro de pesquisas sobre o eucalipto. Por isso, a maioria das árvores presentes são espécies exóticas, o que significa que foram plantadas, não pertencente à vegetação nativa regional, e é também por conta desse histórico que 90% das que estão mortas ainda em pé, em risco iminente de queda, são eucaliptos. A avaliação do risco de queda foi feita pelo Grupo de Planejamento, Acompanhamento, Gestão e Operação das Atividades Oriundas da Comercialização de Madeira e Resina da FF (GPAGO) com base em uma metodologia criada pela própria Fundação, utilizando a norma da ABNT NBR 16246-3 (Florestas urbanas – Manejo de árvores, arbustos e outras plantas lenhosas. Parte 3: Avaliação de riscos de árvores). No caso da Feena, foram avaliados dados como idade, o nível de inclinação, características da copa, altura, vulnerabilidade da localização, presença de formigueiros e pragas e exposição da raiz.
A madeira proveniente do corte, que eventualmente possa ser aproveitada comercialmente, será vendida por meio de licitação pública e todo o recurso obtido será utilizado para melhorias da própria Unidade de Conservação, com base em um acordo com o Ministério Público do Estado de São Paulo. Haverá, ainda, reposição por espécies nativas, sempre que possível no mesmo local, por meio de projetos de plantio específicos.
Durante o período de remoção, a Feena poderá ter seu expediente alterado, já que esse é um trabalho perigoso e que envolve o uso de máquinas pesadas, como tratores e caminhões. Por conta de algumas árvores estarem próximas às margens das estradas e trilhas, poderá haver a necessidade de interdição temporária, parcial ou integral, a depender do cronograma de trabalho. Caso isso aconteça, o fechamento será comunicado com antecedência pelos meios de comunicação da Fundação Florestal e da própria UC.
Foto: Diário do Rio Claro/Arquivo