O ano de 2021 foi um ano de mudanças profundas na sociedade como um todo. Além de grandes perdas, desafios e obstáculos, também foi tempo para coisas boas, que não aconteceriam se não fôssemos todos desafiados. Nesse sentido, a tecnologia se tornou a maior aliada para superar tantas dificuldades que uma pandemia global impôs da noite para o dia. A tecnologia também alavancou grandes ideias e permitiu que as pessoas pudessem se conectar ainda mais.
Para o Instituto Lumiarte, foi possível não somente superar as dificuldades, mas também dar asas a projetos. “Em 2021 começamos a desenhar o que poderíamos fazer no meio de tantas incertezas e resolvemos dar o que tínhamos de melhor, nossos conhecimentos e ideias. Procuramos amigos e parceiros para transformar sonhos em realidade. Se juntaram a nós pessoas e instituições que acreditaram no Instituto”, relata Welton Nadai, coordenador do projeto.
As atividades culturais não são somente formas de lazer para o cidadão, como também servem para o crescimento pessoal, conhecimento da diversidade cultural e, assim, tornar uma pessoa mais segura, confiante, crítica e criativa, – portanto, a importância dos projetos culturais – além de que as mesmas também podem ser prazerosas.
Dessa forma, foram meses de trabalho muito intenso e de muitos aprimoramentos para o Lumiarte. “Conseguimos atingir muitos objetivos, com apresentações, eventos, palestras e conteúdo de qualidade, sempre com profissionais escolhidos a dedo. Sempre nos preocupamos muito com isso”, avalia o coordenador.
Em números, a atuação do projeto fica ainda mais impressionante: foram mais de 12 apresentações do Violões Arte Trio, quatro seminários, quatro masterclasses, uma doação, dez eventos do Acessart, 50 apresentações do Violão Nas Escolas, dez apresentações solo do violinista Welton Nadai, três eventos do Música in Natura, seis contrapartidas com apresentações de sanfona em projetos sociais, seis palestras, um Encontro Marcatto e uma Cantata de Natal.
As atividades online também foram efetivas e conseguiram chegar a muitas pessoas, fazendo com que o Instituto se atualizasse. “O online revelou que o trabalho à distância é possível e eficiente, além de abrir os olhos para o poder de alcance das redes sociais, não descartando o contato direto com o público”, observa Welton.
AÇÕES
Em entrevista ao Diário do Rio Claro, Welton destacou alguns dos principais trabalhos. Os seminários se iniciaram em março, contando com os artistas Guilherme Sparrapan, João Camarero, Gabriele Leite e Duo Siqueira Lima, que abriram o ano com chave de ouro.
Em abril tiveram início as apresentações do Violões Artes Trio, que tem em sua formação atual: Pedro Cameron, Welton Nadai e Priscila Giusti. O grupo, para fechar o ano com o muita alegria, realizou uma Cantata de Natal. “Também foi possível realizar um trabalho em parceria com o Ateliê Piculú com doações de materiais pedagógicos feitos com muito capricho e carinho”, destaca.
O Projeto Acessart com muita inovação trouxe dança e ensaio fotográfico com autodescrição, teatro de dedoches, histórias infantis em braile, painéis sensoriais, apresentação de circo mudo, teatro em Libras, apreciação de partituras em braille e também palestras significativas.
Em novembro, houve o lançamento do Álbum de Welton Nadai, intitulado “Pedro Cameron”, que traz muitas peças do repertório tradicional do violão, entre outros arranjos de músicas brasileiras em óticas diferentes, sempre com arranjos do mestre Pedro Cameron, que mantém o clima de sala de concerto, mesmo nos seus arranjos de música popular, sintetizando o melhor dos compositores e realçando todo o brilho do querido violão.
O evento que deu o que falar foi o Projeto “Música in Natura”, que se inspirou no conceito de uma vivência aos finais de semana com a família, pois, levou a uma experiência somando todas as energias positivas num mesmo evento, com música boa e atrações que abriram um leque de possibilidades de aprendizado e lazer. Esses eventos foram realizados no Lago Azul, na Avenida 29 e no Centro de Rio Claro.
“Não podemos deixar de falar do engajamento dentro das escolas públicas com o Projeto Violão nas Escolas. Esse evento foi exclusivo para os alunos e professores, contou com belos recitais de violão como instrumento solista e também a música erudita e instrumental, levando um programa de concerto de caráter didático, que por sua vez se tornou um rico material para as disciplinas de arte e também um material complementar para outras disciplinas, além de fomentar o público”, explica Welton.
Outro destaque foi o Encontro Marcatto, que reuniu diversos músicos para uma audição em formato de palco livre de música instrumental, onde o público pôde ter contato com o trabalho de diversos músicos e diversas vertentes. A Casa das Crianças, a Estação do Bem, a UDAM, o Centro Dia, o Lar Bethel e o Emaus receberam o músico sanfoneiro, Ademilson Teixeira, para levar alegria em forma de música para as crianças e comemorar os aniversariantes.
“Não podemos nos esquecer das palestras que destacaram a importância da arte como conhecimento, estudo, inovação e transformação do mundo com a ministrante Karina Vitorino, na qual fiz a mediação. Foi um momento de troca e conversa boa. Lembrando que esse evento tinha uma tradutora de libras.” Por fim, uma live com o tema “Caminhar entre educação e arte. É possível olhar com os pés?”, com o palestrante Prof. Cesar Leite (UNESP Rio Claro) e mediação de Welton Nadai.
“Nada disso aconteceria se as pessoas não fossem receptivas e se não participassem. Mas as pessoas foram receptivas e participaram ativamente dos Projetos e isso foi compensador. Os projetos então deram certo! Foi um ano para agradecer a todos que se conectaram e ajudaram a fazer o ano de 2021 um ano especial pelas oportunidades que surgiram face aos desafios que todos tiveram. Para o ano que vem teremos muitas publicações de conteúdo audiovisual, evento para pessoas com deficiência e muito trabalho envolvendo arte e educação”, finaliza.