Neste período do ano em que as pessoas costumam se presentear é comum que a escolha seja um Pet, porém uma outra realidade assusta e preocupa. “Há vários estudos estatísticos que mostram o crescente número de animais abandonados após as festas de final de ano”, observa a Advogada, integrante da Comissão dos Direitos dos Animais e Protetora Independente Giselle Pfeifer.
Segundo levantamento da Comissão de Animais de Companhia (COMAC), a principal porta de entrada dos pets nas famílias brasileiras é por meio de adoção ou como um presente, sendo 44% dos novos tutores foram presenteados com cães e 31% com gatos. Porém é importante ressaltar alguns fatores antes de tomar a decisão, não somente neste período. A conscientização deve estar presente em qualquer época do ano, orienta a advogada. “A decisão em se adotar um animal deve ser feita após planejamento e todos os membros da família devem estar dispostos a assumir a responsabilidade da vida daquele animal até seu último suspiro”, observa.
A protetora destaca ainda que embora muitos o façam, pets não deveriam ser descartados, trocados ou devolvidos em nenhuma hipótese. “Afinal, eles são seres sencientes e sentem exatamente como a gente: amor, apego, dependência emocional etc… A separação do pet com o que, para ele, é sua família, é muito sofrida e não consigo ver nenhuma justificativa para um “pai” ou uma “mãe”, descartar seu “filho”. Não vemos pessoas doando carros porque se mudaram para casas sem garagens, por exemplo.”
A decisão em se adotar um animal deve ser feita de forma consciente, analisando o que esse animal precisa, afinal, ele depende 100% de seu tutor. “Muitas pessoas justificam não adotar um animal devido a ficar ausente o dia todo ou a falta de espaço. Convido essas pessoas a conhecerem um abrigo de animais, onde eles ficam 24 horas por dia, 7 dias da semana, sozinhos, presos em locais minúsculos e, infelizmente, muitos passam anos nessa situação e outros, o resto da vida. Todos que já tiveram ou têm animal de estimação em casa podem garantir que muda seu humor, depois de um dia estressante, chegar em casa e ser recepcionado pelo seu pet. Recomendo”, destaca inúmeros benefícios para ambos.
É importante ter consciência que um pet necessita de cuidados e alguns gastos financeiros, os quais, antes de adotar, o candidato a tutor deve se atentar. “Um deles é a alimentação e, se nós somos o que comemos, nosso pet também é. Ou seja, é necessário se preocupar com uma ração que supra as necessidades do seu pet, de acordo com seu tamanho, raça, enfim, cada um tem sua particularidade. Além da alimentação, os pets precisam de cuidados médicos-veterinários, que sempre são mais viáveis os preventivos, ou seja, as vacinas. Vacinas de pets previnem doenças, em sua maioria fatais, as quais têm tratamentos extremamente caros e com possibilidade de sucesso bem baixa.”
Ou seja, Gisele observa que o candidato a tutor deve ter um planejamento financeiro para decidir adotar um animal, além de ter a certeza de que vai assumir, de forma responsável, a guarda desse animal até o fim da sua vida. “Adotar um animal é uma experiência única e, tenho certeza, que o maior beneficiado será você”, finaliza.
DICAS
A ROYAL CANIN®, sempre comprometida com o bem-estar e guarda responsável dos animais, mapeou 7 pontos essenciais para o futuro tutor levar em consideração antes de tomar a decisão sobre adquirir um pet. Confira:
1. Qual perfil de pet é o mais recomendado?
Cada gato e cão é diferente. Seu tamanho, idade, níveis de energia e temperamentos podem afetar a dinâmica familiar. Consultar um Médico-Veterinário é um recurso-chave para buscar informações confiáveis. Eles podem, até mesmo, recomendar criadores ou ONGs que adotem diretrizes de bem-estar animal.
2. Você tem condições financeiras para assumir as despesas?
Ter um pet em sua família gerará gastos extras. Lembre-se que o orçamento dedicado precisa atender as despesas de rotina como, por exemplo, alimentos, brinquedos, vacinas, visitas regulares ao Médico-Veterinário e cuidados necessários com a higiene. O orçamento também deve prever gastos com emergências e doenças que possam ocorrer durante a vida do pet.
3. Você já decidiu quem vai cuidar da saúde do seu pet?
Escolha um Médico-Veterinário antes de o seu pet chegar e pesquise por potenciais cuidadores para cuidar dele na sua ausência. É importante apresentá-los ao pet antes de contratá-los.
4. Existem condições especiais de saúde ou necessidades alimentares que o seu futuro animal de estimação pode ter?
O acompanhamento da saúde do pet junto a um Médico-Veterinário é fundamental para manter a saúde do animal em dia. Com o passar da idade, será necessário adaptar a alimentação de acordo com as necessidades da idade.
5. A agenda da sua família é agitada?
A guarda responsável também inclui o planejamento de cuidados por parte do tutor. Todos podem ajudar a cuidar do pet – alimentação, exercícios, adestramento e brincadeiras – ou a responsabilidade estará só com você? É recomendado refletir. Também é fundamental pensar o que farão em casos de viagens, mudanças, se a família aumentar, se o pet ficar doente etc. Se a decisão for positiva, deve-se avaliar quais pets são mais adequados para o estilo de vida da família.
6. Você pesquisou por locais de adestramento e /ou está disposto a dedicar tempo para isso?
Além de amor e atenção, os pets também devem passar por um processo de aprendizado e treinamento. Ensinar seu gato ou cão, por exemplo, requer paciência, dedicação, persistência, tempo e recursos.
7. Sua casa está preparada para receber o pet?
Algumas raças precisam de mais estímulo mental e de um espaço maior, enquanto outras, são mais adequadas para ambientes menores. O espaço físico que será disponibilizado para o seu animal de estimação é importante. Para receber um gato, por exemplo, é necessário telar todas as janelas para evitar fugas e acidentes.
Por Janaina Moro / Foto: Divulgação