O sargento da PM Eliandro Henrique dos Reis foi condenado há 16 anos de prisão pelo assassinato do policial militar Paulo Henrique Varuzza, de 26 anos, morto a tiros em maio de 2020. Eliandro enfrentou o júri popular composto por quatro mulheres e três homens. O julgamento aconteceu em Araras, cidade em que ocorreu o crime, começou na manhã de terça-feira (23) e a sentença saiu na madrugada dessa quarta-feira (24). Foram 16 anos de prisão em regime fechado por homicídio qualificado e motivo torpe.
A família do soldado assassinado esteve em Araras, mas somente a mãe do policial morto pode acompanhar o julgamento já que também foi uma das testemunhas. O júri foi realizado de portas fechadas e os demais familiares tiveram que ficar do lado de fora.
O CRIME
O jovem Policial Militar Paulo Henrique Varuzza Lais, de 26 anos, era morador do bairro Vila Aparecida, em Rio Claro, atuou na Força Tática e, na época, fazia parte do 10º Batalhão de Ações Especiais de Piracicaba (BAEP). O PM foi morto na noite de 25 de maio de 2020, no Jardim Olivia Park, em Araras, após ser atingido por tiros efetuados por um sargento da Polícia Militar, de 40 anos, morador de Araras.
Segundo o BO, no local, momentos antes do crime ocorria uma confraternização em área de lazer alugada para comemoração dos cinco anos de formatura de alguns policiais. Teria ocorrido um desentendimento no interior na área. Em seguida, houve os disparos, atingindo o soldado que caiu na calçada, próximo ao portão. A vítima chegou a ser atendida no local pelo SAMU, mas já estava sem vida. Apresentava marcas de tiros no braço, tórax e abdômen. As armas e munições dos PM’s envolvidos nos fatos foram apreendidas.
Na época, os oficiais da PM conduziram o autor e testemunhas até a sede da CIA da PM de Araras, para os procedimentos de Inquérito Policial Militar e de Corregedoria daquela corporação. A Autoridade Policial teve acesso a filmagens de uma casa vizinha que mostram, a certa distância, como os fatos se deram. A vítima sai do local dos fatos, voltada de frente para o portão do imóvel, aparentemente, discutindo com alguns frequentadores. Em determinado momento, percebe-se que uma pessoa, que estava na frente do portão do imóvel e de frente para vítima, efetua três disparos seguidos. O soldado cambaleia junto do muro do imóvel vizinho, próximo a uns arbustos e cai, já sem vida.
Por Redação DRC / Foto: Divulgação