Ampliar a presença da mulher na política vem sendo o grande desafio assumido pela ex-vereadora Maria do Carmo Guilherme (MDB), que também ocupa o posto de Presidente estadual do MDB Mulher e Tesoureira nacional do MDB Mulher. “Sempre tivemos a preocupação de não lançar candidatas ‘laranja’. Por isso o MDB vem treinando mulheres, para o fortalecimento das candidatas para 2022 e 2024. É uma pena que em pleno século 21 tenhamos essa situação. Nossa população precisa começar a refletir, a pensar nessa representação. Dentro do MDB, além da secretaria da Mulher, temos os núcleos – por exemplo, juventude, afro, diversidade etc – para ampliar essa representatividade e trazer novos nomes para a política”, observa.
Maria do Carmo lembra que durante todo o período em que foi vereadora, a Câmara nunca teve menos do que duas representantes mulheres, porém hoje a Casa conta com apenas uma. “Temos mulheres fantásticas na cidade de Rio Claro, que podem trabalhar pela cidade. O vereadores, deputados estão ali representando a população, por isso é preciso criar a consciência de participar das sessões, de ir aos conselhos, senão nada vai mudar. Não adianta eleger um representante e não cobrar.”
RIO CLARO
Para a emedebista, Rio Claro tem potencial para eleger dois deputados estaduais e isso depende da conscientização dos munícipes. “Temos que voltar a ter posição política, temos uma história grande, desde Ulysses Guimarães”, ressalta.
Quando o assunto é política nacional, Maria do Carmo aponta a fidelidade partidária como um diferencial. “Eu aprendi isso aqui em Rio Claro com Ruy Fina, Ney Fina, com meu irmão [Sérgio Guilherme], com Álvaro Perin, Du Altimari, João Vieira e sigo exemplos de Baleia Rossi, Michel Temer, Fátima Pelaes e Ulysses. Tem que ter lealdade, manter um lado. É por isso que nunca fomos deixados de lado, somos fieis ao partido e nossas opiniões são levadas à sério.”
Sobre a campanha majoritária, a aposta é de que o MDB venha com uma perspectiva de terceira via. “O nosso presidente Baleia respeita muito a posição dos estados e sabemos que o MDB é bastante heterogêneo, cada estado tem sua forma de governar e agir, por isso é valorizada a governabilidade”, diz, ressaltando que uma das metas do partido é o parlamentarismo. “
INQUÉRITO
Neste mês foi registrado o arquivamento do inquérito contra a ex-vereadora. O inquérito que teve início em 2017, destaca indícios de que a parlamentar, em seu ofício como assistente social, estaria falsificando a assinatura de médicos. “A justiça foi feita”, desabou Maria do Carmo, que esclareceu o episódio e justificou: “eu não fui ouvida durante o processo”.
Segundo Maria do Carmo, em seu ofício como assistente social dentro da União dos Ferroviários Aposentados (UFA), apenas preenchia as guias com as informações exigidas pelos setores de saúde. “Quando você vai em um médico a secretária preenche os códigos, coloca o nome, a parte burocrática, e era isso que eu fazia. Nunca falsifiquei assinaturas em receitas”, alega, “o que aconteceu foi que comecei a me destacar e fui vítima, não havia prova nenhuma contra mim”.
Por Vivian Guilherme / Foto: Diário do Rio Claro