Você já deve ter percebido o dia andando a passos lentos, a hora se arrastando, os ponteiros e o tempo em que se dedica ao trabalho parecendo não chegar ao fim. Pode representar um grande problema, não é?
E se você tem um problema, a melhor coisa a fazer é resolvê-lo. O grande problema pode estar disfarçado em uma simples solução. É conhecida a estória do problema da velocidade dos elevadores nos EUA. Depois de aumentar a velocidade do elevador e ninguém ficar satisfeito, um empregado apresentou uma ideia simples e que até hoje encontra-se em todos os elevadores.
Perguntado como poderiam resolver isso, depois que engenheiros e especialistas tentaram com toda uma tecnologia em vão, um empregado com poucos estudos sugeriu que colocassem espelhos no elevador, as pessoas passariam a maior parte do tempo se olhando no espelho que esqueceriam o tempo, e foi isso que aconteceu.
Morei em Ribeirão Preto-SP em uma pensão quando me preparei para prestar vestibular, o quarto tinha uma escrivaninha para cada um de nós. Meu colega abre sua gaveta para pegar uma caneta e novamente a gaveta recusa teimosamente a fechar. Ele a abre o máximo possível, sacode-a, muda o lugar das coisas e ela pela primeira vez se fecha.
Quando perguntei sobre o milagre que estava acontecendo, pois aquela gaveta nunca fechava bem. Ele me disse que era um estojo de lápis que estava emperrrando a gaveta. Eu quis saber há quanto tempo aquilo era um problema. “Um ano”, respondeu ele. “Há um ano eu vinha me incomodando com isso todo santo dia.” “E quanto tempo levou para resolver?” “Dois mimutos”, me respondeu.
Por que tanta gente vai empurrando com a barriga os problemas, grandes ou pequenos, por muito mais tempo que o necessário? Porque, em geral, administrar um problema pode levar menos tempo que solucioná-lo. No caso da velocidade do elevador, deve ter demorado um pouco mais. O do meu amigo, embora alguns segundos de sacolejo fossem incômodos, ainda era menos do que tirar o estojo do lugar e resolver a situação.
Quando a gente olha a equação pensando em um prazo mais longo, o cálculo muda. Se somarmos o custo cumulativo de tempo e irritação de hoje, amanhã e uma centena de dias posteriores, de repente faz sentido investir em resolver o problema de uma vez por todas.
No caso de meu amigo, ajeitar a gaveta, colocando em ordem o estojo representaria uma grande economia, dois minutos de esforço para prevenir centenas de irritações futuras. Um ganho de tempo incrivelmente grande. Às vezes ficamos tão acostumados com as pequenas irritações que esquecemos de investir em ações corretas e continuamos a empurrar com a barriga. Pense nisso!