Neste domingo (3), presenciamos em Rio Claro e região, após meses de forte estiagem, o início das chuvas, trazendo esperança e o recomeço da recuperação de nossos recursos florestais e hídricos.
Estamos constantemente batendo na mesma tecla, alertando a comunidade e a administração pública, para que Rio Claro em parceria com os Comitês das Bacias Hidrográficas do rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ), acelere o projeto para a construção de um barramento na sub-bacia do rio Cabeça ou do próprio Ribeirão Claro, para que pelo menos nos próximos dez anos tenhamos condições de suprir nossademanda para o abastecimento público e também para estarmos ampliando nosso distrito industrial, comércio e a nossa agricultura, pois sem água não há progresso e muito menos alimento.
Em nosso Estado de São Paulo já existem vários municípios que fecharam as portas para a instalação de novas indústrias e novos loteamentos, pois já não suprem sua demanda hídrica, onde mesmo suas águas subterrâneas já estão comprometidas pela baixa vazão e algumas impróprias para consumo devido a poluição.
Outro aspecto positivo com a chegada das chuvas foi o fim das queimadas que devastaram grandes áreas de nossa Bacia Hidrográfica, principalmente, na região da sub-bacia do rio Passa cinco, atingindo as matas de encostas e matas ciliares no entorno dos municípios de Ipeúna e Itirapina. Sem contar nosso Horto Florestal e demais áreas nas proximidades dos outros quatro municípios de nossa bacia hidrográfica.
Infelizmente, hoje estamos quase sem nenhuma retaguarda em relação às empresas que oferecem serviços de meteorologia como o Climatempo, disponibilizado gratuitamente, mas que, ultimamente, tem se equivocado em suas previsões pluviométricas.
No Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), as atividades operacionais de previsão de tempo e clima são executadas por meio de um supercomputador que possibilita gerar resultados confiáveis, com boa antecedência, mas com margem de erro que tem se ampliado nos últimos meses.
Entramos na era dos chamados “eventos extremos” – termo recente -, mas os eventos já estavam nos consumindo lentamente sem que pudéssemos nos precaver do aumento de sua intensidade, medidos aolongo do tempo, baseando- se na médias dos dados climáticos de uma determinada região.
Há inúmeros estudos e razões para comprovar o desencadeamento desses eventos extremos por todo o planeta, mas não precisamos de uma prodigiosa mente como a de Albert Einstein para comprovar que o que se planta, colhe.
Estamos colhendo toda a degradação herdada pelo ser humano sobre a terra que lhe foi dada virgem, e como já sabemos, a nossa vem sendo degradada, aproximadamente, desde 1.490, antes mesmo de nosso descobrimento descrito nos livros de história.
Mas em vez de ficarmos lamentando as atrocidades do ser humano, pensemos em nosso bem-estar e das nossas futuras gerações, reciclando e dando destino certo para os nossos resíduos, economizando água e se possível plantando uma árvore, ato de fé, esperança e de cidadania.