Uma das mais tradicionais modalidades das Paralimpíadas, o tiro com arco adaptado está presente nos Jogos desde a primeira edição em Roma (Itália), em 1960. O Brasil fez sua estreia em Paralimpídas em 1972 nos Jogos de Heidelberg (Alemanha), e na época foi representado pelo arqueiro Robson Sampaio de Almeida. A Rio 2016 marcou o retorno dos brasileiros às disputas do tiro com arco adaptado, após um longo hiato. E a partir das 21h (horário de Brasília) da próxima quinta-feira (26), a delegação brasileira, com seis arqueiros (homens e mulheres), inicia a busca pelo pódio inédito.
De forma geral, a modalidade atrai atletas com amputações, lesão na coluna, paralisia cerebral, doenças disfuncionais e progressivas, ou com múltiplas deficiências. Os arqueiros são divididos em duas classes: a W1 (arco composto) é reservada àqueles com deficiências graves (três ou quatro membros), que necessitam da cadeira de rodas, e a classe Open (arco recurvo ou composto) agrega atletas com deficiência em um membro (superior ou inferior), ou dois membros (ambos inferiores ou do mesmo lado do corpo).
As regras são as mesmas do tiro com arco olímpico. O objetivo é acertar as flechas no alvo – ou o mais próximo possível – localizado a 70 metros de distância do arqueiro. O lance certeiro no alvo vale a pontuação máxima (10 pontos). O círculo de 1,22 m de diâmetro tem 10 círculos concêntricos, sendo que o mais externo soma apenas um ponto.
Brasileiros
Dos seis representantes do país, quatro estrearam no tiro com arco adaptado na Rio 2016 e voltarão a competir na Tóquio 2020. Há seis se dedicando à modalidade na classe Open, a goiana Jane Karla, de 46 anos, chega com chances de subir ao pódio no Japão. No ano passado, a atleta que compete com o arco composto, bateu o recorde mundial indoor (ambiente fechado) em Nines (França). Antes de estrear na modalidade na última edição do Jogos, Jane Karla era mesatenista e já havia disputado as Paralimpídas de Pequim (2008) e Londres (2012).
Entre os estreantes da classe Open estão o paranaense Andrey Muniz de Castro, de 28 anos, Fabíola Dergovics, de 54 anos, e Heriberto Alves Roca, de 41 anos, nascido em São Caetano do Sul (SP) . Os três arqueiros brilharam este ano no Parapan-Americano, em Monterrey (México), nas mesmas provas que disputarão no Japão: Fábíola faturou medalha de ouro no arco recurvo, Andrey a prata no arco composto, e Heriberto levou a prata no arco recurvo por equipes mistas (mascuino).
Em sua primeira participação paralímpica, o goiano Helcio Luiz Perilo, de 52 anos, vai competir pela classe W1. Este ano ele garantiu a prata no Parapan do México. Na mesma classe, no feminino, o Brasil contará com a goiana Rejane Cãndida da Silva, de 45 anos, A arqueira, que estreou na Rio 2016, também fez bonito no Parapan do México deste ano ao conquistar a prata.
Programação
W1 – masculino
Ranking round: 26/08 – a partir das 21h
Final: 31/08
W1 – feminino
Ranking round: 26/08 – a partir das 21h
Final: 01/09
Open arco recurvo – feminino
Ranking round: 26/08 – a partir das 21h
Final: 02/09
Open arco composto – feminino
Ranking round: 26/08 – a partir das 21h
Final: 30/08
Open arco recurvo – masculino
Ranking round: 27/08 – a partir das 2h
Final: 04/09
Open arco composto – masculino
Ranking round: 27/08 – a partir das 2h
Final: 04/09
W1 – equipes mistas
1ª fase: 28/08 – a partir das 23h50
Final: 29/08
Por Agência Brasil / Foto: Divulgação/Comitê Paraolímpico Brasileiro