Parece que já assistimos esse filme mais de uma vez. Desde que me conheço profissionalmente a palavra crise sempre soou nos meus ouvidos como sendo algo “quase que corriqueiro” na vida do País e das empresas.
Numa rápida pesquisa, o site da FEBRAEC – Federação das Empresas de Consultoria e Treinamento, apresenta as 6 maiores crises econômicas vividas pelo Brasil em sua história. Para começar, em 1822, D. Pedro I proclamou a Independência do Brasil em meio a uma crise econômica, e de lá para cá foram mais cinco, chamadas pelos autores da pesquisa como as maiores até hoje.
Num cenário de crises com certa constância, as empresas de um modo geral, acabam por enfrentar esses momentos sem muita estranhesa. Você já deve ter ouvido falar que no Brasil, crise é “normal”. Evidentemente que crise não é nada normal, pois traz prejuízos de toda a ordem e, principalmente para o cidadão.
Toda a crise, tem pelo menos três momentos muito específicos:
1- Momento Desencadeador – o mais complicado.
2- Momento de Adaptação – aquele onde entendemos e vivenciamos a realidade da crise.
3- Momento de Superação – onde colocamos em prática ações para sair da crise.
A palavra crise do grego “krisis”, possui um significado que demonstra qual deve ser o nosso comportamento diante dela, ou seja: é uma situação indesejada que exige tomada de decisão.
As empresas para sair do estado de estresse, problemas operacionais, perda de mercado e dificuldades financeiras não podem ficar apenas se lamentando. Diante da crise é preciso uma liderança forte, que alicerce suas ações de modo a compreender a realidade e agir com transparência e assertividade perante as dificuldades impostas.
Além do mais uma crise, quase sempre, traz grandes oportunidades de melhoria e elas devem ser vistas como um excelente momento para tomar as decisões que muitas vezes, pelo conforto, vinham sendo deixadas para depois.
Neste momento, tenho participado e acompanhado empresas onde a implementação de ações têm trazido resultados muito positivos para que elas possam sair de forma mais rápida, segura e com o menor estresse possível desse momento de crise.
Estamos no momento da superação e entre as ações, que exigem uma tomada de decisão efetiva, identifico como principais:
Adaptação e otimização de processos: a adaptação exige a mudança de postura diante das formas e dos meios de produção de produtos e serviços. O jargão “sempre foi feito assim” deve dar lugar ao “sempre existe uma forma de fazer melhor”.
Gestão dos custos: além de ser uma importante ferramenta para subsidiar a tomada de decisão, a gestão de custos ensina que aquilo que não se mede, não se controla e o que não controla está ao acaso. Gerencair custos é acompanhar de maneira inteligente onde estão de fato asdespesas da empresa alocadas aos produtos e serviços.
Consolidar e parceiros e fornecedores: o momento de crise é fundamental para fortalecer os relacionamentos com os verdadeiros parceiros – aqueles que estão dispostos a enfrentar as dificuldades juntos; rever contratos, buscar alternativas de fornecimento estão entre as ações desejáveis com os fornecedores.
Lembre-se que essa não é a primeira e não será a última, portanto, lá vamos nós, novamente!
O autor é conferencista, palestrante e Consultor empresarial. Autor do livro Labor e Divagações.
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