É o dia do rock. David Bowie avisou: no almoço tem nhoque. Lou Reed e você com o dedo em riste. Lennon em Mind Games: vai, Venom. Neil Young e a lírica microfonia ecos de sangue. Dylan heroico, Dylan não tem amigos, Pinóquio. Se no rádio ilumina Creedence, ninguém vence. Husker Du e você num iglu. É o dia do rock.
Replacements pra nossas mentes. Iggy Pop me comove. Vontade de sair search and destroy pelas ruas. Ó lua, vencendo ciclones, minha vida Ramones. Debbie Harry, Joan Jett e Suzi Quatro: espere, vou ter um infarto. Espírito de 1977 no coração. Vejo Rita Lee, Arnaldo e os Mutantes pulsando em mim. Arnaldo Antunes e seus silêncios palavras costumes. O rock é plural em seus impetuosos sinais, um salve à família Racionais. Bad Brains, hardcore aqui me tens. É o dia do rock.
Esse é nosso canto, o rock o encanto. Um brinde ao ouvinte, um brinde ao Diário, meu nome é Mário. Joy Division, quarto cinza que não ameniza. Big Star prolonga o big sonhar, Miles Davis Bitches Brew, Marc Bolan nos fones ouviu, dançando Stones. Nirvana Fugazi N.W.A. Public Enemy, Black Flag, Kurt Cobain. E Beastie Boys, é ‘nóis’: o mundo sob R.E.M. The Who voa Keith Moon. Nós vamos nós voamos junto ao éter, Strawberry Fields Forever. Brian Wilson celeste sem pandemia em meio à Clash euforia. New Model Army, Deus que me guarde. De adrenalina rock and roll é o meu estoque. É o dia do rock.
Na minha estante, Johnny Thunders. Confie em mim. Mas e aí, onde a turma foi parar, Ranir? No Morrison Hotel, na feira Nick Cave come pastel. Raul e Television azul – Santana no final de semana, The Cure feeling blue. Chuck Berry o trem acelera – não, não me espere, Wanderléa. A juventude sônica, o pós-punk, distopia é o instante. Meu amor Teté, L7 hell yeah! Ouvimos Misfits, assistimos o fim do Queen: sim, Motorhead ruge em mim. Wendy O. Willians, – que triste, que choque. Triste? É o dia do rock.