A morte da atriz Beatriz Segall ocorreu por volta de 12h30 desta quarta-feira (5).
Aos 92 anos estava internada desde 16 de agosto no hospital Albert Einstein, São Paulo e morreu por problemas respiratórios. O velório acontece à partir das 19 horas, com cremação do corpo marcada para esta quinta-feira.
Beatriz Segall nasceu em 25 de julho de 1926 na cidade do Rio de Janeiro. A consagrada atriz deixa saudade por sua longa trajetória de sucesso com personagens inesquecíveis. Nas redes sociais o jornalista do Diário do Rio Claro Murillo Pompermayer consternou a perda para a cultura do país.
“Morre, aos 92 anos, Beatriz Segall. Por demais triste. Estupenda atriz. Responsável por ter dado vida à maior vilã da história da dramaturgia brasileira, irrefutavelmente. Na atemporal “Vale tudo”, de 1988, entrou definitivamente para a história ao interpretar a execrável Odete Roitman. Apesar das limitações impostas pela saúde fragilizada nos últimos anos, foi preterida pela Globo, que hoje preconiza pseudo-atrizes. A cultura nacional, há muito tempo combalida, nesta quarta-feira, 5 de setembro, dá mais um fúnebre passo rumo à absoluta putrefação”.
CARREIRA
Conforme informações da Agência Brasil a atriz começou a carreira com um curso no Serviço Nacional de Teatro. Na década de 1950 foi estudar teatro e literatura na França. Por lá, conheceu o futuro marido Maurício Segall, filho do pintor Lasar Segall.
De volta ao Brasil, Beatriz se afastou dos palcos, se dedicando à família e aos três filhos por cerca de 10 anos. Em 1964, foi convidada pelo diretor José Martinez Corrêa para substituir a atriz Henriette Morineau em uma peça do Teatro Oficina. Aceitou e retomou a carreira artística.
Durante o final da década de 1960 e os anos 1970, além do teatro, também fez trabalhos para a televisão e o cinema, como os longa-metragem À Flor da Pele (1976) e O Cortiço (1978), de Francisco Ramalho, e participou da novela Ana, na TV Record, em 1968.
Em 1978, estreou na TV Globo na novela em Dancin’ Days, de Gilberto Braga. Com o sucesso, atuou no ano seguinte em Pai Herói, de Janete Clair, onde viveu a vilã Norah. Participou de algumas novelas da TV Bandeirantes e do filme Pixote, a Lei do Mais Fraco, de Hector Babenco. Também passou pela TV Manchete.
Em 1988, fez o seu papel mais famoso na televisão, como a vilã Odete Roitman, em Vale Tudo, sua terceira novela com Gilberto Braga. O sucesso fez com que Beatriz ficasse marcada pelo resto da carreira por essa atuação até no exterior.
Beatriz Segall nunca abandonou, no entanto, a carreira no teatro, sendo premiada por duas vezes como melhor atriz brasileira com o troféu Mambembe, com a peça Emily, de William Luce, em 1984, e em O Manifesto, de Brian Clark, em 1987.
Nos últimos anos, fez outros papeis na televisão, como na novela Lado a Lado (2012) e o seriado Os Experientes (2015), ambos exibidos pela TV Globo.
Começou a carreira com um curso no Serviço Nacional de Teatro. Na década de 1950 foi estudar teatro e literatura na França. Por lá, conheceu o futuro marido Maurício Segall, filho do pintor Lasar Segall.